(Fonte da imagem: Divulgação/UCLA Newsroom)
Ao usar voltagens elétricas no lugar de correntes elétricas constantes, pesquisadores da UCLA conseguiram melhorar de forma substancial o funcionamento de memórias MeRAM. A descoberta tem grande potencial futuro, podendo resultar no desenvolvimento de chips extremamente eficientes para PCs, smartphones, tablets e outros dispositivos eletrônicos.
A grande vantagem da nova tecnologia é sua combinação entre grande velocidade de leitura e alta densidade no armazenamento de dados com o baixo consumo energético requerido para sua operação. Além disso, as novas memórias são capazes de reter informações mesmo quando não há energia disponível, de maneira semelhante ao que acontece com discos rígidos e cartões de memória flash.
Desafios e soluções
O grande problema da tecnologia é a maneira como ela escreve dados: como uma grande quantidade de energia é usada durante o processo, isso faz com que os componentes se aqueçam. Além disso, a capacidade da memória é limitada pela distância mínima que deve ser respeitada entre dois pontos que armazenam dados — algo que se torna ainda mais limitado quando se leva em consideração a trajetória das correntes responsáveis pela gravação de novas informações.
Memória MeRAM da Everspin (Fonte da imagem: Reprodução/MRAM-Info)
Tudo isso resulta em dispositivos que apresentam um custo pouco atrativo, o que limita sua aplicação em diferentes meios. Com a solução encontrada pela UCLA, que elimina a necessidade de que uma grande quantidade de elétrons seja movida através de fios, a tecnologia gera muito menos calor, se tornando de 10 a 1.000 vezes mais eficiente.
O uso de voltagens elétricas também permite o desenvolvimento de memórias MeRAM cinco vezes mais densas, o que implica em uma diminuição de seu custo total de fabricação. “A habilidade de modificar ímãs nanométricos usando voltagens é uma área animadora da pesquisa em magnetismo que cresce rapidamente”, afirma o pesquisador Pedram Khalili.
“Esse trabalho apresenta novos pontos de vista sobre questões envolvendo o controle da direção de pulsos de voltagem, como garantir que o dispositivo funcione sem um campo magnético externo e como integrá-los a memórias de alta densidade”, complementa. Segundo ele, assim que a novidade for empregada em escala comercial, dispositivos MeRAM conseguiriam superar facilmente todos os produtos concorrentes em todos os quesitos de avaliação.
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