Diga adeus para as grossas e pesadas memórias RAM. (Fonte da imagem: Reprodução/iStock)
A forma como os dados são armazenados pelas memórias de computadores pode ser substituída em breve. Pesquisadores da Universidade de Granada, localizada na Espanha, criaram a A-RAM (Advanced Random Access Memory, ou “Memória de Acesso Aleatório Avançada” em uma tradução livre).
Segundo o site Inovação Tecnológica, esse novo componente consegue reter informações por períodos mais longos, com um menor consumo de energia e uma melhor segmentação entre os níveis lógicos de armazenamento e transferência de dados. Tais características tornam a A-RAM, bem como a sua variante A2RAM, imunes a ruídos, interferências externas e variabilidade dos processos fabris.
Componentes ainda menores
Além disso, de acordo com os cientistas, a tecnologia empregada na fabricação dessa memória solucionaria os problemas de miniaturização encontrados pelos dispositivos DRAM — presentes na maioria dos eletrônicos que usamos hoje em dia.
Atualmente, as memórias DRAM chegam a ter células de 20 nanômetros, o que acredita-se ser o limite da tecnologia. O grande diferencial da A-RAM é que os pesquisadores espanhóis encontraram uma forma de eliminar o capacitor de cada bit de armazenamento da memória, potencializando a sua redução de tamanho.
Os pesquisadores Noel Rodriguez (esquerda) e Francisco Gamiz (direita) exibem o protótipo da A-RAM. (Fonte da imagem: Reprodução/Universidade de Granada)
Primeiros passos de uma grande inovação
Embora esse projeto tenha sido iniciado em 2009, somente agora os cientistas puderam fabricar os primeiros protótipos da A-RAM e demonstrar o seu funcionamento e a sua viabilidade de produção em larga escala.
Os responsáveis pelo desenvolvimento desse novo modelo de memória acreditam que ele seja a maior inovação em sua categoria desde que os computadores foram inventados. Desde a sua criação na década de 60, as memórias utilizam praticamente o mesmo conceito de operação — o que pode mudar com o avanço da A-RAM.
A pesquisa já ganhou dez patentes no Japão, EUA, Coreia e União Europeia. Algumas empresas, incluindo a Samsung, já teriam revelado interesse em investir na produção das novas memórias.
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