(Fonte da imagem: Reprodução/Wikipédia )
De acordo com o site The Atlantic, embora pareça uma bobagem, existem entre nós duas classes de humanos, uma com habilidades normais para sentir o sabor e outra com uma sensibilidade hiperaguçada para perceber os mais diferentes gostos. E esses indivíduos não desenvolveram essa capacidade através de alguma técnica específica ou muito treino.
Segundo a publicação, os “superdegustadores” possuem determinadas variações genéticas que fazem com que eles contem com mais papilas fungiformes — um tipo específico de papila gustativa em forma de minúsculos cogumelos —, permitindo que eles consigam perceber alguns sabores que a maioria de nós não consegue, além de fazer com que percebam os gostos de forma mais intensa.
Acidente e pesquisas
(Fonte da imagem: Thinkstock)
O mais curioso, é que esse “superpoder” foi descoberto por acaso, durante um pequeno acidente em um laboratório da DuPont. Enquanto os cientistas realizavam alguns testes com um composto orgânico chamado feniltiocarbamida, uma pequena quantidade dessa substância acabou escapando e ficando em suspensão no ar.
Um dos pesquisadores, que se encontrava do outro lado do laboratório, começou a reclamar do horrível gosto amargo do pó. Contudo, o cientista que havia deixado o elemento escapar não conseguiu perceber sabor algum, mesmo depois de experimentar um pouco da feniltiocarbamida cristalizada. Essa observação acidental levou a uma série de estudos, e os superdegustadores foram descobertos.
Alguns estudos chegaram a sugerir que a variação genética que dá às pessoas superpoderes para sentir o sabor pode se tratar de uma vantagem evolutiva, surgida para que os humanos possam evitar o contato com determinadas toxinas. Por outro lado, quem é que gostaria de ser hipersensível a determinados sabores e não poder desfrutar de temperos e gostos que a maioria de nós adora, sem fazer caretas ou morrer de arrepios?
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