(Fonte da imagem: Reprodução/MSNBC)
Um grupo de cientistas resolveu recalcular os tamanhos dos prótons, que são aquelas partículas minúsculas, carregadas por convenção de carga positiva e que são responsáveis por praticamente toda a massa do núcleo de um átomo. Ao final do trabalho, a equipe concluiu que as medições anteriores estavam equivocadas sobre o assunto e que os prótons são menores do que se pensava.
De acordo com um artigo publicado na revista científica Science, os cientistas utilizaram um tipo especial de laser para poder aferir que o raio de um próton é menor do que 0,84087 femtometros. Para se ter uma ideia da pequenez da medida em questão, um nanômetro (que é comumente citado naquela tecnologia de partículas ínfimas) é equivalente a 1 milhão de femtometros. Em outras palavras, estamos falando de uma unidade que é a bilionésima parte de 1 bilionésimo.
Até o presente, acreditava-se que o raio de um próton media 0,8768 femtometros. No entanto, segundo o novo estudo, o real tamanho da partícula é 4% menor. Os cientistas postularam três teorias possíveis, na intenção de explicar a diferença na medição anterior do próton. As ideias são as seguintes:
- Os cientistas anteriores simplesmente erraram na medição, o que é a alternativa mais simples e menos provável;
- O atual entendimento do que é um próton, considerando a atual definição da partícula, e de suas limitações pode ter possibilitado uma medição mais completa e, portanto, “mais correta”;
- As atuais teorias eletrodinâmicas e quânticas estão erradas, o que é uma possibilidade considerada muito pouco provável.
Calma, não criemos pânico
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As explicações vieram do cientista Aldo Antognini, do Instituto Federal Suíço de Tecnologia (Swiss Federal Institute of Technology), que é um dos autores da publicação. Embora a descoberta seja significativa, esta não é a primeira vez que a aferição do raio de um próton encontra um valor conclusivo diferente do consensualmente aceito.
As diferenças se devem aos diferentes processos empregados na realização da medição da partícula. De acordo com isso, esta última experiência mediu prótons com múons (partículas negativas mais pesadas e instáveis que os elétrons) orbitando ao redor, em vez de elétrons... Portanto, ainda não é preciso jogar fora seus livros de Física. Ainda...
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