(Fonte da imagem: Reprodução/La Presse)
Antes que você resolva adicionar “seguro contra águias” à sua apólice, aí vai um aviso: aquela famigerada águia-real não tentou raptar um bebê. Na verdade, após tomar Twitter e Facebook — acumulando ainda quase 17 milhões de visualizações no YouTube desde o último dia 18 —, três estudantes canadenses vieram a público para admitir o embuste: tanto a ave quanto a criança foram forjadas digitalmente.
Normand Archambault, Loïc Mireault, e Félix Marquis-Poulin admitiram ter criado a montagem em que um bebê parece ser raptado por uma águia como parte de um workshop sobre simulação da Centre NAD (Centro Nacional de Animação e Design, localizado em Montreal, Canadá). “Tanto a águia quanto a criança foram criadas como animações tridimensionais”, admitiu a escola ao site La Presse. “Elas foram integradas ao vídeo posteriormente.”
Embora tenha acumulado milhões de visualizações, a autenticidade do vídeo foi questionada desde o início. Além de questões relacionadas à verossimilhança da coisa toda, havia ainda quem questionasse até mesmo a espécie da águia — que poderia ser uma águia-imperial-oriental, em vez de uma águia-real.
Faltou ética à brincadeira?
O trio responsável por um dos últimos virais do YouTube é, na verdade, já um tanto experiente na arte do embuste digital. Em 2011, Archambault, Mireault e Marquis-Poulin publicaram um vídeo em que, supostamente, um pinguim tentava escapar do zoológico de Montreal (Canadá).
No que se refere ao rapto no parque, entretanto, há quem considere a atitude dos três temerária. Isso porque em nenhum momento os autores deixaram claro que se tratava ali de uma manipulação digital — o que certamente deve ter preocupado muita gente. Serão os herdeiros de Orson Welles e sua “A Guerra dos Mundos” radiodifundida?
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