(Fonte da imagem: Reprodução/The Hollywood Reporter )
De acordo com o site The Hollywood Reporter, o diretor do Instituto de Arqueologia de Belize, Dr. Jaime Awe, decidiu processar os produtores do filme “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal” sob a alegação de que a história tenha sido baseada no roubo de um tesouro nacional, ocorrido há 88 anos. Awe espera que a família que surrupiou a peça devolva o artefato, e que os produtores lhe repassem uma participação nos lucros com a bilheteria.
Segundo Awe, a Caveira de Cristal verdadeira foi descoberta — e roubada — no começo da década de 20 por Anna Mitchell-Hedges, filha de um explorador britânico, durante uma visita às ruinas maias de Lubantuun. Assim, além da mulher ter levado o artefato sem ter um consentimento expresso emitido pelo Governo de Belize, os produtores do filme jamais solicitaram permissão para retratar a Caveira no cinema.
De filme a novela
(Fonte da imagem: Reprodução/Discovery News)
Embora seja divertido, é muito provável que o processo de Awe não chegue a lugar nenhum. De acordo com o site Discovery News, um dos motivos disso é o fato de a história que envolve a Caveira de Cristal roubada estar envolta em uma série de mentiras e contradições.
Aparentemente, Anna Mitchell-Hedges mudou sua versão de como encontrou o artefato pelo menos duas vezes, relatando histórias fantásticas e repletas de aventuras para descrever o achado. Porém, existem registros históricos que comprovam que a Caveira foi comprada de um colecionador de antiguidades durante um leilão em 1933 e que o objeto foi vendido pela família Mitchell-Hedges algum tempo depois para saldar uma dívida.
Anna voltou a comprar a relíquia e inventou uma história emocionante — ou duas — para explicar como a Caveira de Cristal foi parar em sua família, enganando centenas de entusiastas durante décadas. Quanto à participação que o Dr. Jaime Awe espera receber dos produtores do filme, nada foi revelado de momento, mas é fato conhecido que “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal” arrecadou US$ 786 milhões (mais de R$ 1,6 bilhão) em todo o mundo.
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