(Fonte da imagem: Shutterstock)
Você nem percebe esse tipo de reação, mas o seu cérebro conta com um sistema de defesa para ouvir todas as notícias ruins que são recebidas. O nome desse recurso é “Efeito das notícias boas e ruins” e é algo natural que até 90% das pessoas de todo o mundo usam.
O funcionamento é bem simples: toda vez que você reconhece um fato negativo, como uma doença ou resposta negativa, o seu inconsciente faz uma releitura da sua própria imagem. Ou seja, você vai acabar percebendo que é uma pessoa mais frágil e menos capaz do que se imaginava.
Dessa forma, o seu cérebro “prefere” escutar notícias boas às ruins, fazendo com que você foque principalmente nos fatos positivos. Com isso, não é necessário realizar nenhuma releitura de imagem e você vai continuar se achando bonito, inteligente, forte e capaz de fazer quase tudo.
Tudo tem um preço
Por ser um sistema de segurança do seu cérebro, esse recurso influencia a sua vida de maneira positiva e negativa. O bom é que esse comportamento faz com que você fique menos preocupado com coisas difíceis de acontecer, como uma catástrofe natural. Dessa maneira, você consegue viver de maneira mais relaxada.
Em contrapartida, essa baixa preocupação pode resultar em uma pessoa indulgente ou descuidada. Como resultado, você pode não estar apto para superar momentos especialmente difíceis — a morte de um familiar é um “ótimo” exemplo.
No entanto, tudo vai depender dos processos que acontecem dentro da sua cabeça.
E quem descobriu isso aí?
Etapa de estímulo cerebral da pesquisa. (Fonte da imagem: Reprodução/TheGuardian)
Dois pesquisadores da University College de Londres estimularam a área do cérebro que “julgava” as notícias boas e ruins — para isso, foram usados 30 voluntários. Depois disso, os participantes responderam questões sobre acontecimentos ruins e disseram qual a probabilidade de algo semelhante acontecer a eles ou à alguém próximo. Dentro de uma escala que vai de um até 10, a média de respostas não passou do número três.
Na segunda parte do teste, as mesmas pessoas responderam questões parecidas, mas sem o estimulo cerebral. Com isso, a probabilidade escolhida pelos voluntários mudou consideravelmente, provando que o cérebro interfere na recepção de notícias negativas.
Fonte: Guardian
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