(Fonte da imagem: Reprodução/DVICE)
A comunidade científica ficou extremamente animada com a possível descoberta do Bóson de Higgs, anunciada pela CERN na semana passada. Entretanto, de acordo com uma nota publicada pela Universidade Cornell, nos Estados Unidos, pode ser que a partícula observada não tenha sido bem o famoso Bóson, mas sim uma “impostora”.
Detectar e provar a existência dessas partículas não é uma tarefa simples. Afinal, os cientistas não conseguem vê-las. Em vez disso, eles analisam os resultados do experimento, ou seja, as partículas resultantes. E, para comprovar que realmente o Bóson de Higgs é que foi descoberto, o experimento e as medições devem ser repetidos inúmeras vezes.
Grupo de impostoras
Contudo, físicos do Laboratório Nacional de Argonne, em Illinois, analisaram as medições realizadas pela CERN, sugerindo que a partícula descoberta é, na verdade, consistente com outras duas variedades exóticas da partícula de Higgs. Essas “impostoras” fariam parte de uma interpretação não baseada no modelo padrão, que prevê a existência de diversas partículas semelhantes ao Bóson em vez de uma única, responsáveis pela formação do campo de Higgs.
Ainda é cedo para afirmar que a CERN tenha, com total e absoluta certeza, descoberto o Bóson de Higgs ou que se trata de uma partícula impostora. Tudo parece indicar que o experimento da semana passada realmente comprovou a existência da Partícula de Deus, mas teremos que esperar um pouco até que todas as medições comprovem que o modelo-padrão estava correto, ainda que exista a chance de que a descoberta revele uma partícula totalmente nova.
Fontes: Universidade Cornell, DVICE e Technology Review
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