(Fonte da imagem: Reprodução/Metric Views)
Para que todo o mundo pudesse utilizar o sistema padronizado de medidas, os cientistas do Escritório Internacional de Pesos e Medidas criou vários padrões que passaram a ser seguidos em todo o planeta. Mas o que acontece quando os padrões começam a ficar distorcidos? Bem, a resposta mais óbvia é também a mais correta: toda a ciência pode entrar em colapso.
E, pelo visto, em breve algo parecido com isso vai acontecer. O bloco de medida do quilograma está perdendo peso. Quando foi criado, em 1879, a peça de platina e irídio possuía exatos 1.000.000 miligramas – ou seja, um quilograma. Mas, na pesagem mais recente do material, ele havia perdido cerca 0,05 miligramas – a medição aconteceu em 1988 e até hoje não há certeza sobre a causa.
Somente para deixar um pouco mais clara a importância do Escritório, veja como é definido o padrão do quilograma, pelo próprio site oficial: "O quilograma é uma unidade de massa; ele é igual à massa do protótipo internacional do quilograma".
Mas só 0,05 miligramas importam?
A verdade é que sim, realmente importam. Em todo o mundo já existem réplicas do padrão do quilograma, que realmente têm a massa de 1 kg exato, mas, caso o Escritório Internacional de Pesos e Medidas decida reformular todos os padrões, muita coisa será modificada no mundo da ciência. Você pode achar que isso é impossível, mas vale lembrar que, em 1983, o metro foi padronizado novamente e até mesmo a velocidade da luz foi alterada com isso.
Se o mesmo acontecer com o quilograma, várias outras medidas podem ser influenciadas. Por exemplo: os joules (unidades de energia e trabalho) são calculados de acordo com metros e quilogramas. Os candelas (que medem o brilho da luz) são calculados com relação a joules e segundos. Como você pode ver, a simples alteração do quilograma mudaria todos os padrões.
Ainda estamos muito longe de uma nova padronização. Os cientistas envolvidos no Escritório Internacional de Pesos e Medidas não pretendem modificar os sistemas tão cedo, mas buscam formas de criar padronizações que não sofram com o tempo. Quais serão os próximos passos da ciência em relação a isso? Ninguém sabe. Pelo menos por enquanto.
Fonte: Mental Floss
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