(Fonte da imagem: Thinkstock)
De acordo com uma notícia publicada pela NASA, a sonda espacial Cassini parece ter detectado a presença de um oceano logo abaixo da superfície de Titã, a maior lua natural de Saturno. Os cientistas chegaram a essa conclusão depois de observar a presença de “marés” sólidas com aproximadamente 10 metros de altura.
Segundo a agência espacial, se o satélite fosse composto apenas por material rochoso sólido, o campo gravitacional de Saturno causaria a presença de saliências de não mais de um metro de altura. Contudo, a presença dessas ondulações bem mais altas sugere que Titã pode, afinal, não ser composto simplesmente por material rochoso.
Deformações da superfície e abundância de gás
O satélite leva 16 dias para orbitar ao redor de seu planeta, e os cientistas tiveram a oportunidade de estudar as deformações sofridas pela sua superfície durante esse processo. Titã não apresenta uma forma esférica e, conforme se aproxima de Saturno, os astrônomos observaram que seu formato se torna mais alongado, voltando ao normal alguns dias mais tarde.
Conforme explicaram os cientistas, o oceano de Titã não precisa, necessariamente, estar muito profundo nem ser muito grande para criar essas marés. Assim, uma camada de líquido entre a camada mais superficial e deformável e a mais profunda e sólida seria suficiente para causar as ondulações conforme o campo gravitacional que atrai o satélite se torna mais forte.
Entretanto, os astrônomos afirmam que apenas a presença de água não seria um indicador de vida no satélite. A descoberta deve ajudar os cientistas a entender como o metano — muito abundante no astro — é armazenado em seu interior e liberado para a superfície, já que a presença de líquido poderia explicar a produção desse gás.
Fonte: NASA
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