(Fonte da imagem: Thinkstock)
Imagine esta situação: ter cem orgasmos por dia, todos os dias, sem qualquer controle, inclusive quando alguém simplesmente toca de leve a sua mão. Interessante? Fantástico? Maravilhoso?
Mas pense bem nas implicações disso. Rolar de prazer no meio de uma reunião de negócios, gemer descontroladamente durante uma prova de matemática, perder o controle quando um familiar toca em você. Pois é, pode não ser tão interessante assim, não é mesmo?
A síndrome dos cem orgasmos
A PSAS (Síndrome da Excitação Sexual Persistente) afeta apenas mulheres — sentimos muito, rapazes — e não tem qualquer relação com outras condições, como a ninfomania, por exemplo. Aliás, quem sofre da síndrome geralmente sente desconforto durante as relações sexuais, descrevendo sensações de dor e ardência.
Ainda não se sabe exatamente a causa da PSAS, mas especialistas acreditam que o problema possa estar relacionado a irregularidades ou danos nos nervos sensoriais.
O site TheGloss entrevistou Bella, uma mulher que sofre da síndrome. Ela não tem qualquer controle sobre seus orgasmos, que acontecem espontaneamente. Cócegas, um simples toque, perfumes, ficar no escuro — esqueça o cinema! —, vibrações de ônibus e carros, durante o sono, a noite inteira.
Como é viver com a PSAS
Bella contou que começou a experimentar “sensações estranhas” quando ainda estava na faculdade e entrou em pânico ao não saber o que estava acontecendo com seu corpo. Ela teve muita dificuldade em encontrar informações ou ajuda para o problema. Em um primeiro momento, se consultou com um ginecologista e um psiquiatra, que pensaram que ela estava louca e era bipolar.
A jovem disse que quanto mais confortável se sente com alguém, mais provável é que ela tenha um orgasmo em sua presença. Normalmente, as pessoas que a conhecem tentam oferecer carinho e apoio quando os episódios acontecem no intuito de ajudá-la, mas a proximidade só piora as coisas e a leva a ter mais orgasmos.
Como controlar o que não tem controle?
Imagine caminhar pela rua com o novo namorado e não poder ser tocada por ele sem ter que se apoiar em um poste para não cair. Ou, então, pense como seria correr o risco de rolar pelo chão quando você cruzasse com um estranho na rua usando um perfume forte. Depois, imagine ter que fazer uma apresentação diante de um grupo de pessoas e sentir que... que... Bem, essas são algumas das situações com as quais Bella teve que aprender a conviver — e para as quais teve que encontrar algumas maneiras de remediar.
De acordo com a jovem, a boa notícia é que a condição parece mudar com o tempo e hoje ela já consegue andar de ônibus sem muitos problemas. Além disso, ela aprendeu algumas estratégias, como orquestrar e coreografar situações nas quais ela será tocada ou abraçada por alguém.
E você, ainda acha que ter cem orgasmos por dia é fácil?
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