A medicina vem elaborando técnicas de transplante e transporte de órgãos para melhorar a eficiência do procedimento, mas ainda é preciso muita agilidade para retirar o órgão do doador e colocá-lo do receptor. Para dar mais folga a esse processo, pesquisadores da Universidade Vanderbilt, nos EUA, estão trabalhando em um tecido capilar capaz de permitir o fluxo sanguíneo e, com isso, manter os órgãos vivos por mais tempo.
Essencialmente, eles estão desenvolvendo um tecido que imita partes do corpo humano e possibilitaria manter os órgãos transplantados saudáveis e “ligados” a uma corrente sanguínea durante o transporte. Isso está sendo feito basicamente com uma máquina de algodão doce e gelatina.
Primeiro, um bocado de algodão doce é feito na máquina e, em seguida, é banhado em gelatina sem sabor. Com uma mudança de PH, o algodão se dissolve, mas a gelatina mantém a estrutura estável. Dentro dela, tubinhos tão finos quanto os vasos sanguíneos humanos são formados quando o algodão desaparece. Assim, é possível manter um fluxo de sangue nessas microcavidades.
A pesquisa ainda está em um estágio bastante inicial, comandada por Leon Bellan, mas acredita-se que isso pode evoluir muito em breve para ajudar no transporte de órgãos transplantados. Em um futuro ainda distante, talvez seja possível até criar “tecido humano” artificial do zero.
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