Máquina de ressonância magnética será capaz de "suspender" até 60 toneladas

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Imagem: GlutenFreeSociety

A unidade do sistema universal para a medida de campos magnéticos é dada em Tesla (T). E, atualmente, os aparelhos mais poderosos de ressonância magnética (MRI) chegam ao limite de 7T. Apesar de oferecerem a especialistas imagens nítidas, um equipamento ainda mais poderoso está prestes a nascer. Com fabulosos 11,75T, o campo magnético gerado pela máquina INUMAC seria capaz suspender um tanque com até 60 toneladas.

Em desenvolvimento desde 2006, o potente aparelho deve chegar ao mercado em setembro deste ano. E imagens ainda mais precisas serão fornecidas pela parruda máquina a neurologistas: enquanto os aparelhos de ressonância magnéticos convencionais chegam a 3T ou, no máximo, a 7T e exibem, assim, leituras com cerca de um milímetro quadrado com atualização a cada segundo, o INUMAC será capaz de gerar fotos de uma área de 0,1 milímetro com atualização de até 10 imagens por segundo. Doenças como Alzheimer e Parkinson, por exemplo, poderão ser investigadas com parcimônia nunca alcançada antes.

As entranhas da máquina

Para que o imã desse MRI fosse construído, um fio de nióbio-titânio com 170 quilômetros de comprimento precisou ser precisamente enrolado – essa bobina será capaz de gerar uma taxa de 1.500 amperes para a produção de seu campo de 11,75T (para que o processo se realize, o componente deverá ser resfriado a -235 ºC em um banho de hélio líquido). Outro par de bobinas (cada um com cabos que atingem o comprimento de 58 Km) está sendo também desenvolvido para proteger o restante do hospital – do contrário, um poderoso campo magnético capaz de suspender um tanque com até 60 toneladas ficaria "fora de controle".

Atualmente, máquinas capazes de gerar campos com até 7T são usadas por pesquisadores mundo afora . “Máquinas de ressonância magnética de 7T possibilitam a análise de tecidos cerebrais de forma detalhada”, diz Baldev Ahuluwalia, um dos gerentes da GE Healthcare – companhia responsável por produzir máquinas de ressonância.

Para se ter uma ideia do quão poderosa será a INUMAC, basta levar em conta a imagem exibida acima: à esquerda, uma foto tirada por uma MRI de 3T é mostrada; à direita, os detalhes cavados por uma MRI de 7T ficam em evidência. Doenças cerebrais ainda não compreendidas pela ciência começam agora a vislumbrar algumas respostas: quais horizontes o empreendimento de US$ 270 milhões vão desvelar à medicina contemporânea?

Fontes

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