Quando a tecnologia anda de mãos dadas com a medicina, a combinação costuma ser suprema. O vídeo acima é mais uma comprovação dessa tese. Nele, podemos conferir uma minúscula “varinha de pescar” que tem apenas 6 milímetros e foi concebida especialmente para detectar e matar qualquer tipo de tumor na cabeça em sua fase inicial, antes de adquirir proporções agressivas e atacar o cérebro.
A vara foi criada a partir de um pedaço de polímero com uma película de 10 micrômetros que imita o formato de nervos e vasos sanguíneos. Na prática, a minúscula ferramenta “engana“ as células de gliobastoma do câncer ao formar uma espécie de nó ao longo delas.
As células do câncer geralmente se agarram aos vasos sanguíneos e nervos para se espalhar, mas, nesse caso, elas são atraídas às pequenas varetas sintéticas que podem ser facilmente implantadas no cérebro – aparentemente, é claro, pois somos tecnófilos, e não autoridades em medicina para cravar a exatidão do processo.
A grande sacada está na extremidade da vareta: ali, há uma pequena quantidade de gel contendo medicamentos que matam o gliobastoma. Conforme explicado no vídeo, feito pelo canal New Scientist, a ideia é que as células do tumor “confundam a vareta com um nervo ou vaso sanguíneo, indo até ela e morrendo quando alcançarem a extremidade”.
De acordo com o New Scientist, o dispositivo se mostrou “incrivelmente eficiente” em experimentos realizados com ratos, com a maioria das células do tumor migrando para a vareta e com os tumores residuais encolhendo em quase 90%.
A parte triste da história, no entanto, é que a técnica não funciona com um paciente que tenha um câncer em fase muito desenvolvida, mas a vareta poderia ser utilizada para administrar ou encolher tumores “inativos” nos arredores da região principal, conseguindo, eventualmente, alguns meses a menos de sofrimento – e mais tempo de vida.
Promissor, não?
Fontes
Categorias