Psilocybe cubensis, Bahia, Brasil (Fonte da imagem: Wikipedia)
O famoso “chá de cogumelo” pode ser mais do que apenas um entorpecente. Cientistas da Imperial College London estudaram a fundo os efeitos do fungo no cérebro humano e chegaram a conclusões surpreendentes. Os estudos foram feitos com base na psilocibina, substância ativa nos cogumelos.
Publicados na National Academy of Sciences e na The British Journal of Pyschiatry, esses estudos permitiram aos cientistas identificar quais áreas do cérebro são influenciadas pela droga. Com os resultados, foi possível concluir que a psilocibina pode ajudar as pessoas a viverem sua memórias mais ativamente.
O professor David Nutt, do Imperials Department of Medicine, disse ao Science Daily que antes se imaginava que a droga agia aumentando a atividade cerebral. “Mas, surpreendentemente, nós descobrimos que a psilocibina na verdade faz com que a atividade cerebral diminua em áreas com a maior densidade de conexões”, afirmou Nutt.
Essas áreas, também de acordo com o professor, são responsáveis por identificar nossas experiências em relação ao ambiente e manter nossas impressões de maneira organizada. Desativar tais funções faz com que o mundo se torne algo estranho para nós.
A pesquisa também indica que a psilocibina pode ajudar a melhorar o estado de bem estar emocional, além de reduzir sintomas de depressão. Vale lembrar que a posse e venda de psilocibina é considerada crime no Brasil, porém o cultivo do cogumelo Psilocybe cubensis é legalizado.