Desde 1961, a nomenclatura de medicamentos genéricos obedece a um padrão (Fonte da imagem: Elza Fiúza/ABr)
A revista da Sociedade Americana de Química publicou, recentemente, um artigo que elucida uma das maiores dúvidas de todos nós: quem foi que inventou os nomes impronunciáveis dos remédios genéricos?
De acordo com a editora da publicação, Carmen Drahl, não havia um padrão definido para a nomenclatura de medicamentos até 1961. Porém, a partir dessa data, surgiu o USAN, um conselho organizado para batizar as moléculas com nomes que não fossem tão complexos como os escolhidos pela União Internacional de Química Pura e Aplicada. Assim, o "cis-8-metil-N-vanilil-6-nonenamida", por exemplo, se tornou o esopremazol, utilizado no tratamento de algumas doenças do estômago.
Desde então, o USAN é o responsável por sugerir para a Organização Mundial de Saúde como os medicamentos podem ser batizados. Mas não é só isso: esses nomes também são compostos por partículas que indicam as características do remédio, de maneira semelhante aos radicais latinos e gregos de algumas palavras do nosso idioma. A terminação “prazol”, por exemplo, indica que o medicamento serve para tratar úlceras.
Como o USAN é um conselho americano, há a preocupação de que essas partículas sejam fáceis de pronunciar por povos que não tenham o inglês como idioma oficial. Drahl também comenta que, muitas vezes, o nome dos remédios acaba sugerindo quem foram os responsáveis por sua criação, como é o caso do carfilzomibe, que une sílabas dos nomes do biólogo Philip Whitcome e de Carla, sua esposa.
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