O "PC biológico" deve demorar para ser aprovado, mas é uma nova esperança. (Fonte da imagem: Ars Technica)
Na luta interminável contra o câncer, a ciência mostrou uma nova arma: os computadores biológicos, que consistem em uma rede de circuitos genéticos que são inseridos nas células do paciente. Eles seriam programados para detectar a atividade cancerígena e cuidar da destruição desses organismos.
O desenvolvimento dos circuitos que combatem o câncer é uma parceria entre os institutos MIT e ETH Zurich. Eles estudaram as moléculas do chamado microRNA das células, que contém as informações genéticas diferenciadas entre os corpos cancerígenos e os saudáveis.
Desse modo, os “computadores biológicos” montariam um perfil para localizar apenas os focos da doença. Para eliminá-las, um gene especial que promove a morte programada dessas células (processo conhecido como “apoptose”) seria ativado.
O artigo contendo os avanços e a explicação do método foi publicado na última edição da revista Science e resumido no EurekAlert. Apesar da notícia animadora, os computadores biológicos ainda são limitados (não mataram 100% das células do câncer em questão), além de terem sido testados isoladamente em laboratório e apenas na doença que atinge a região cervical. O próximo passo deve ser o teste diretamente em animais.