Dois pesquisadores brasileiros estão entre os criadores de um biossensor flexível para fins médicos. Felippe José Pavinatto, da USP, foi responsável pelo desenvolvimento do material na Universidade da Califórnia, em colaboração com uma equipe da professora Ana Cláudia Arias.
O produto é fabricado através de uma impressão muito similar à convencional, com jato de tinta, com a diferença de que nanopartículas de ouro é que constituem o líquido que está no cartucho. "Os eletrodos são úteis para a confecção de dispositivos de medição em tomografia por bioimpedância, eletrocardiografia, eletroencefalografia e eletromiografia", explica Felippe.
Biossensores foram destaque na última edição da revista Advanced Functional Materials
A nova criação foi, inclusive, a capa da última edição da revista Advanced Functional Materials. O grande destaque do dispositivo é que ele é flexível e quimicamente inerte, garantindo um ótimo contato com a pele e demais tecidos e evitando que aconteça alguma reação por parte do organismo.
Fabricação simples
Por ser muito similar à impressão convencional, a fabricação dos biossensores flexíveis é muito simples e permite que os eletrodos sejam criados em diversos formatos e tamanhos.
Eletrodos são impressos de forma bem parecida com a convencional, com exceção do material empregado na produção: em vez de tinta, são nanopartículas de ouro
Felippe explica: "A velocidade da sinterização das diferentes linhas do eletrodo dependem de suas larguras. A técnica possibilita um grande controle do processo e muita versatilidade para modificar o layout durante a execução, se necessário".
Sendo assim, o material pode ser utilizado para, por exemplo, ajudar na medição de processos biológicos que envolvam variações de potencial, como frequência cardíaca, taxa de açúcar no sangue e similares. Segundo Felippe, os biossensores poderão ser usados inicialmente sobre a pele, já que o implante em tecidos internos ainda está sendo discutido.
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