Veio a público nesta semana a informação de que uma operação envolvendo várias agências de segurança ao redor do mundo resultou na prisão de 97 pessoas em 16 países diferentes. Os indivíduos eram todos compradores, vendedores e usuários de um software chamado “Blackshades”, que permite que se hackeie e controle remotamente o computador de uma vítima.
O Blackshades já infectou quase meio milhão de computadores, de acordo com o FBI, o que inclui roubo de informações financeiras e de identidade, além de extorsão das vítimas. Seus usos são semelhantes aos do programa GoToMyPC, que permite que as pessoas controlem seus computadores do trabalho diretamente de sua casa e vice-versa.
Esse software, porém, tem uma quantidade extra de recursos que são mais úteis para propósitos malignos do que benignos, como controle da webcam, monitoramento das entradas do teclado (keylogger), redirecionamento de URLs e até pedidos de resgate em troca do retorno do controle do computador.
Uso mal- intencionado
Os anúncios relacionados ao Blackshades em 2012 vendiam sua imagem como a de uma ferramenta para espionar o cônjuge, os filhos ou qualquer pessoa que mexesse sem permissão no computador do usuário. Obviamente, os hackers não o estavam instalando apenas em seus próprios computadores. O FBI já fez a apreensão do site oficial do malware e afirma que a organização por trás dele já fez cerca de US$ 350 mil entre setembro de 2010 e abril de 2014.
O Blackshades foi um software de poderoso, mas é apenas um exemplo de uma nova tendência de ferramentas de hack que podem ser compradas e usadas por qualquer um. Essas prisões mostram que as leis ao redor do mundo estão começando a levar bastante a sério essas ameaças.
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