Conhecido por se espalhar rapidamente e por bloquear o acesso aos computadores que infecta, o WannaCry está deixando um rastro de destruição notável. Entre os elementos que ajudam o malware a se alastrar tão depressa por locais como a China e a Rússia está algo que provavelmente você já usou em algum momento: uma cópia pirata do Windows.
Quem afirma isso é a companhia de segurança F-Secure, que afirma que a maior ocorrência de infecções do ransonware ocorre nos dois países. Apesar de a Microsoft ter lançado patches de segurança — um deles para o Windows XP — que evitam a disseminação da ameaça, isso não faz muita diferença para quem utiliza uma cópia ilegal e não pode atualizar o Windows.
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Uma pesquisa realizada pela The Software Alliance em 2016 mostrou que 70% dos computadores da China estão rodando softwares não licenciados. Já na Rússia essa taxa chega a 64%, enquanto na Índia 58% das máquinas apresentam alguma espécie de programa adquirido por meios ilegais.
O WannaCry já afetou 40 mil instituições no país asiático, incluindo delegacias de polícia e a gigante do petróleo PetroChina. Resta esperar para descobrir se ameaças como o WannaCry vão conseguir mudar a cultura que muitos têm de se recusar a pagar por licenças de produtos ou se essa prática vai continuar a ser seguida — abrindo espaço para que novas ameaças se difundam pela internet.