Não tem algo mais chato de aguentar do que aquela publicidade indesejada nos celulares, não é mesmo? Porém, essa aparição repentina deve ser tratada com cuidado, já que a maior ameaça de invasões por malwares no momento é justamente direcionada a mostrar propagandas.
O aviso vem da empresa de segurança online Kaspersky Lab, que em seu relatório encontrou um aumento de quase três vezes em detecções de malware em dispositivos móveis em 2016 com relação ao ano anterior. Foram identificadas 8,5 milhões de instalações maliciosas.
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Deste total, cerca de 80% de todo o malware detectado são cavalos de Troia de publicidade para dispositivos móveis. Esses softwares maliciosos são capazes de aproveitar os direitos de acesso ao root, permitindo que ele não apenas exiba agressivamente anúncios no dispositivo infectado, mas também instale secretamente outros aplicativos ou faça compras na Google Play.
Aplicativos disponíveis pela loja oficial da Google também estavam infectados, em grande parte mascarados como um guia para o Pokémon GO, por exemplo. Já foram detectados pela empresa Palo Alto Networks cerca de 132 aplicativos infectados com “iFrames maliciosos” no mercado de aplicativos da Gigante.
Alguns cavalos de Troia de publicidade são capazes de infectar mais profundamente o sistema, tornando impossível resolver o problema por meio de reinicialização do aparelho com as configurações de fábrica.
Ransomware: a evolução
Atacando principalmente usuários na Alemanha, nos Estados Unidos e no Reino Unido, o ransomware – tipo de código malicioso que torna inacessíveis os dados armazenados em um equipamento – exige um tipo de “resgate” para as informações do aparelho e o torna totalmente bloqueado enquanto não houver o pagamento de valores que são geralmente em torno de US$ 100 e US$ 200.
Fonte: Kaspersky Blog
Em 2016, mais de 153 mil usuários de 167 países foram atacados por programas infectados como esse. Isso é cerca de 1,6 vezes mais do que em 2015.
Em muitos casos, esse tipo de vírus consegue explorar vulnerabilidades previamente corrigidas, porque o usuário não tem instalada a atualização mais recente do sistema operacional do aparelho. Para saber mais informações sobre as infecções desse tipo de software malicioso, você pode conferir o blog da Kaspersky [em inglês].
Fontes