Após a apresentação oficial do Windows 7, o sucessor do Vista, no final de outubro de 2008, muitas dúvidas pairaram no ar.
Visualmente é fácil identificar que ele apenas é um Windows Vista mais enxuto, e tecnicamente falando, ele também sofre algumas melhoras.
Mas, no geral, os dois sistemas operacionais permanecem bastante semelhantes, o que levou alguns especialistas a concluírem que o Windows, e os sistemas operacionais como um todo, estão próximos de seu fim.
Computação em nuvens e RIA
Ao analisarmos um pouco mais intimamente, é possível ver alguns indícios a respeito de como será o futuro dos sistemas operacionais e do computador pessoal como um todo. O modelo de computação chamado de computação em nuvens (ou, em inglês, cloud computing), tem se tornado cada vez mais presente.
Este modelo consiste, basicamente, no compartilhamento de aplicativos e ferramentas através de redes, interligando sistemas e dispensando a instalação de softwares em um computador, necessitando apenas de periféricos como monitor, teclado e mouse. Segundo consta, este tipo de ambiente tem tido seu uso impulsionado por empresas como IBM e Google.
Desta maneira, o computador passará a ser apenas uma peça ligada a uma rede, com todos os seus processos virtualizados sem que nada – ou praticamente nada – seja instalado em seu computador.
Assim, os navegadores assumirão um papel mais importante do que os sistemas operacionais, visto que será através deles o acesso a esta “nuvem” de aplicativos virtuais e não mais locais.
Outra ferramenta que permite cada vez mais esta “virtualização” é a chamada tecnologia de aplicativos de internet rica (ou RIA, do inglês Rich Internet Application), uma ferramenta que transmite características e funcionalidades de softwares para a interface do navegador, porém, mantém a maior parte dos dados e informações do programa no servidor do aplicativo.
Flash, AIR e Silverlight e máquinas virtuais
Outro fator que dá indícios sobre o futuro dos sistemas operacionais e dos PCs é a relação entre as tecnologias Flash e AIR da Adobe e Silverlight da Microsoft, com os sistemas operacionais. Ambas as ferramentas já são compatíveis com os três principais sistemas da atualidade, Windows, Mac OS e Linux, além é claro, de funcionarem com todos os navegadores.
Estas tecnologias estão presente de forma massiva em novos aplicativos e tudo indica que o futuro do computador está completamente ligado a eles. Ou seja, de maneira nenhuma é de forma despropositada que eles são compatíveis com quase tudo que compõe a rede mundial de computadores atualmente.
Partindo deste princípio, pode-se pensar que, independente do sistema operacional utilizado, através de máquinas virtuais e do seu navegador você poderá acessar um número cada vez maior e mais completo de aplicativos, e novamente não será preciso ocupar espaço em seu disco rígido.
Além de aplicativos, através de máquinas virtuais como Virtual PC e VirtualBox, você emular um sistema operacional dentro do outro sem que para isso tenha que particionar seu disco ou então sobrescrever os sistemas que possui.
E a Microsoft?
Apesar de resistir bastante a algumas inovações como a computação em nuvens, a Microsoft mostra que começa a dar alguns passos, mesmo que tímidos, nesta direção.
Exemplo disto é a o Silverlight 2 que entrará de vez na disputa com os Adobe Flash e AIR. Com isso, a Microsoft espera possuir uma ferramenta para a transmissão de aplicativos de internet rica em diversos contextos diferentes.
Além do Silverlight, aplicativos como o Hyper-V, presente no Windows Server 2008, para a virtualização de servidores e o Azure, versão do sistema operacional Windows que funcionará exclusivamente no modelo de computação de nuvens, dão mostras de que a empresa de Bill Gates está começando a trilhar novos caminhos. Outro forte indício de que a Microsoft está cada vez mais envolvida com este processo é uma página no site da empresa, destinada exclusivamente a isso, chamada Virtualização Microsoft (clique para acessar).
Conclusão
Devido a tantas incertezas, hipóteses e a grande probabilidade de que nos próximos dez ou quinze anos, a informática e o computador pessoal sofrerão uma nova revolução, a certeza é uma só: os sistemas operacionais precisarão se reinventar para se adaptarem às novas tendências caso queiram continuar a existir, mesmo que minimamente.
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