Review: Apple Mac OS X Lion

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Foram quase dois anos de espera, mas desde o dia 20 de julho está disponível para os usuários de Mac a mais nova versão do sistema operacional da Apple: o Mac OS X Lion. A atualização tem pouco menos de 4 GB e pode ser baixada apenas na App Store, pelo preço de US$ 29,99.

Segundo a Apple, o Mac OS X Lion apresenta mais de 250 novidades, algumas bastante úteis e aparentes para o usuário, outras sutis, mas da mesma forma eficientes.  As mudanças são o primeiro passo para tornar o SO ainda mais integrado com o iPhone OS.

Muito da experiência de usuário adquirida com o smartphone e o tablet da Apple foram transportadas para o Lion, tornando o acesso a menus e ferramentas muito mais intuitivo e dinâmico. O comportamento de alguns programas e o refinamento do visual de janelas também colabora para esse resultado.

O Tecmundo analisou em detalhes o desempenho do Lion e apresenta a análise completa com os principais pontos positivos e negativos da versão mais recente do SO da Apple. Será que o leão definitivamente vai rugir mais alto desta vez?

Aprovado       

Multitouch Gestures

(Fonte da imagem: Apple)

Segundo a Apple, o Lion é o sistema operacional mais avançado já lançado para desktops. A afirmação é no mínimo ousada, mas credibilidade para isso a nova versão do SO tem de sobra. Entre as mais de 250 novidades aquelas que mais chamam a atenção, sem dúvida, são as funcionalidades do sistema Multitouch Gestures.

Proporcionando aos usuários uma experiência mais próxima àquela do iPhone e e do iPad, o Mac OS X Lion acrescenta ao trackpad novos gestos de comando, ampliando as possibilidades de controle sobre a interface do sistema.

Deslizando três dedos para a esquerda ou para a direita, é possível acessar as várias Áreas de trabalho que você pode criar. Com elas, a disposição dos itens pode se tornar muito mais organizada, permitindo que o usuário crie um espaço para cada tipo de trabalho.

Já a exibição de aplicativos no Launchpad, repete a experiência do iOS, ao permitir que o usuário, deslizando dois dedos para as laterais, possa rolar as páginas de aplicativos. É possível ainda apagá-los apenas pressionando o trackpad, à mesma maneira como é feito no iPad para excluir um app.

Mission Control

(Fonte da imagem: Apple)

Integrar todas as Áreas de trabalho em uma espécie de central de desktops. O aprimoramento do Mission Control transformou a ferramenta em uma opção, de fato, prática e inteligente para o usuário.

Podendo ser acessada via teclado, com um botão específico, ou via trackpad, com um movimento de “pegada” se utilizando de todos os dedos, o Mission Control permite ao usuário o controle absoluto de tudo o que está ativo no computador, podendo alternar softwares entre áreas de trabalho ou mesmo organizar as tarefas de maneira clara e objetiva.

A transição entre os diferentes tipos de ambientes é dinâmica e fluida, tornando o processo não só intuitivo como, também, muito  mais rápido para o usuário.

Launchpad

(Fonte da imagem: Apple)

A Mac App Store se transformou no principal canal de venda de softwares da Apple. Com integração total ao Lion, os apps não só ganharam um espaço próprio como também se tornam tendência para a futura integração em um SO único para todas as plataformas da empresa.

A disposição dos ícones na tela de Launchpad também desafoga a necessidade de inclusão de programas no dock, permitindo melhor organização e um espaço mais amplo para exibição de um número maior de itens.

Restore e Auto Save

A estabilidade do Mac OS X Lion é colocada à prova e se sobressai com louvor nas funções Restore e Auto Save. A primeira elimina de uma vez por todas a necessidade de salvar arquivos em intervalos de tempo específicos, fazendo com que o usuário possa retomar o trabalho a partir de diversos pontos.

Já a função Auto Save garante que, mesmo com interrupções bruscas de energia ou eventuais travamentos do sistema, o conteúdo aberto no aplicativo não seja perdido, podendo o usuário retomá-lo a qualquer momento apenas reiniciando o sistema.

Full Screen Apps

A utilização de aplicativos em tela cheia era uma reinvindicação antiga dos usuários do sistema operacional da Apple. Finalmente, no Lion, ela foi atendida e agora é possível expandir as janelas por sobre o dock, deixando mais espaço para exibição do conteúdo que realmente importa.

Como as transições entre janelas e telas passam a usar e abusar do Mission Control, a entrada e saída de um modo de tela cheia torna-se um recurso útil e extremamente prático.

Mail

(Fonte da imagem: Apple)

O cliente de emails do sistema operacional da Apple não está, exatamente, entre os aplicativos mais utilizados, já que muitos usuários preferem acessar o conteúdo de suas mensagens completamente online, sem precisar fazer o download.

Entretanto, as mudanças apresentadas na nova versão do Mail são significativas e tornam o aplicativo mais bonito e eficiente. O primeiro ponto perceptivo é o visual renovado. A lista de mensagens exibe uma prévia do conteúdo e para transitar entre uma e outra já não é exibida a barra de rolagem lateral.

Além disso, o sistema de buscas do Mail agora inclui o conteúdo das mensagens durante as pesquisas. Ou seja, ao procurar por um termo específico, ele pode ser localizado no assunto, no remetente ou no texto enviado ou recebido.

Reprovado

Disponível apenas via download

(Fonte da imagem: Apple)

A Apple decidiu disponibilizar  a nova versão do seu sistema operacional apenas via download. Embora a medida seja interessante e eficiente, barateando o custo final do produto e tornando o acesso ao software imediato em todo o planeta, a ausência da opção física, no caso de um SO, pode ser incômodo para o usuário.

O primeiro aspecto ruim fica por conta do tamanho do arquivo: são quase 4 GB para serem baixados, algo que requer um tempo considerável caso a sua conexão com a internet não seja das mais velozes. Numa emergência, a menos que você tenha uma cópia do arquivo em um pendrive, fazer o download do SO pode se tornar uma tarefa impossível.

Para breve a Apple promete comercializar versões em pendrive do SO pelo preço de US$ 69. Ainda não se sabe, entretanto, quando isso vai acontecer e se ela estará disponível também nas lojas brasileiras.

Vale a pena

Após quase dois anos sem atualizações , o Lion chega ao usuário final trazendo muitas novidades e marcando um período de transição no sistema operacional da empresa da Maçã. As experiências que a empresa obteve com o iOS, disponível do iPhone e no iPad, influenciariam diretamente esta nova versão e marcam um grande avanço no sentido de construir um SO único para a empresa.

O preço é acessível, apenas US$ 30. No total são 250 novidades, sendo muitas em termos de codificação que garantem ainda mais estabilidade ao sistema. Chama a atenção a maneira fluida com que os novos recursos se integram ao já eficiente SO da Apple.

Para os  usuários dos notebooks e desktops da Apple, sem dúvida migrar para a nova versão é uma ótima pedida, não só pela ótima relação custo-benefício, mas também pelas possibilidades futuras que ele oferece. Nem todos os softwares e apps foram atualizados, de forma que ainda há muito a ser explorado no Lion.

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