Não são poucas as pessoas que têm interesse em soluções inteligentes e portáteis para a reprodução de suas músicas favoritas em alto e bom som.
Recentemente, mostramos alguns produtos desse tipo. Alguns são focados na portabilidade (como é o caso do modelo MD-12 da Nokia), outros trazem proteções e design especial para aventureiros — conforme mostramos na análise do BoomBottle da Scosche.
Entre tantas opções, surge uma caixinha acústica voltada especialmente para os consumidores que prezam pelo design do produto. É claro que estamos falando da EDGE, produzida pela fabricante chinesa LoFree e que foi gentilmente cedida pela MonkeyBiz para a realização desta análise.
Ela parece um cubo mágico vindo do futuro e impressiona ainda mais quando entra em funcionamento, já que tem seus frisos preenchidos pela luz interior. Além do visual estonteante, este produto convence pela leveza.
Entretanto, há diversas outras questões a serem consideradas. Nós testamos o produto por alguns dias em diferentes situações e agora vamos falar sobre a potência, a autonomia da bateria e outros aspectos que podem ser do seu interesse.
Design de outro mundo
Conforme comentamos acima, o grande charme da EDGE está no visual. A fabricante teve boas ideias no projeto do produto. Com formas simplificadas, linhas diagonais e frisos bem dispostos em todos os lados do cubo, a empresa conseguiu criar um aparelho que se destaca entre tantos concorrentes.
As faces são muito semelhantes, com pequenas diferenças na disposição dos componentes que compõem o revestimento. A diferença fica para a parte traseira que tem as conexões de áudio (para dispositivos com conexão de 3,5 mm) e USB (para recarregar a bateria).
Ao lidar com o produto pela primeira vez, muita gente fica se questionando sobre os botões para o controle de volume e de reprodução. Na parte superior, há pequenos elementos gráficos que indicam a presença dessas funcionalidades, mas não há relevos ou itens físicos que indiquem como usar tais funções.
Aqui é que está a surpresa. Os botões, na verdade, ficam instalados na parte inferior do aparelho. Ao pressionar sobre a região que indica o controle de volume, na parte superior, toda a caixinha é pressionada para baixo e o botão é pressionado indiretamente. Genial, não?
Bom, quando ligamos o aparelho, nos deparamos com mudanças no visual. As luzes preenchem os frisos laterais e dão outra cara ao produto. Elas não piscam conforme a reprodução da música (felizmente) e servem muito bem para iluminar locais escuros.
Tudo seria excelente nesse ponto, mas a qualidade de construção da EDGE não é das melhores. Infelizmente, notamos que as peças de plástico que recobrem a caixinha são coladas e com o tempo elas acabam descolando e estragando o visual.
Aliás, nem precisa esperar muito tempo. Com alguns dias de uso, é possível que você perceba que as peças já estão fora do lugar, o que acaba estragando a composição visual. O problema é que a trepidação dos alto-falantes gera o movimento das peças e com o tempo elas acabam saindo de posição. Não é o fim do mundo, mas esperávamos mais capricho.
E o som?
O design vende bem, mas e quanto à sonoridade? A verdade é que, considerando que estamos tratando de um aparelho que tem como função básica a reprodução de músicas, é de se esperar que tal característica apresente no mínimo qualidade satisfatória.
Não dá para reclamar muito nesse sentido, já que o EDGE tem limitações por conta de seu tamanho reduzido. Ele apresenta boa equalização e balanço de graves e agudos. O som que sai deste cubinho é muito alto e impressiona facilmente.
Entretanto, ainda que esteja dentro do esperado, a qualidade de som não é impressionante. A caixinha da LoFree equilibra bem os sons até um determinado ponto, mas, nos três últimos níveis de volume, o áudio incomoda pelas distorções, tanto nos graves quanto nos agudos.
Uma boa maneira de contornar o problema é usar o equalizador que alguns aplicativos trazem, mas isso é um pouco chato para o consumidor que pretende apenas aproveitar sua caixinha de som. Além disso, dá para curtir a música com o volume reduzido, mas não custava nada a fabricante colocar limites no volume máximo, evitando a má impressão.
Conexão e bateria
É curioso ver que a LoFree não apostou na tecnologia NFC. Ainda que não seja algo indispensável, a presença desta funcionalidade poderia facilitar a conexão entre a caixa de som e o smartphone.
Parear um dispositivo com a EDGE não é o fim do mundo, já que o processo se dá da mesma forma como você faz com outros aparelhos. A conexão sem fio funciona bem na maioria dos casos, mas notamos falhas quando a bateria estava quase acabando.
Normalmente, dá pra se afastar quase 15 metros do aparelho e continuar curtindo o som. Quando há barreiras no meio do caminho, percebemos que o alcance reduz para aproximadamente 10 metros. De qualquer forma, são valores excelentes.
Um ponto que deixa muito a desejar é a autonomia de bateria. Como estamos falando de um aparelho Bluetooth, sabemos que a tecnologia sem fio e a reprodução contínua acabam consumindo muita energia, mas não esperávamos resultados como os que constatamos.
Durante nossa análise, a bateria da EDGE não aguentou mais do que 4 horas e 30 minutos de som. Aparentemente, a baixa duração é culpa do sistema de iluminação que consome toda a energia. O pior mesmo é que leva quase 3 horas para recarregar, o que é bem incomum em produtos concorrentes.
Vale a pena?
É importante ressaltar aqui que estamos tratando de um produto que tem seu preço definido principalmente por conta do design, portanto o valor pode soar um pouco absurdo para quem busca um produto com alta qualidade sonora ou que apresente excelente relação custo-benefício.
Isso posto, podemos dizer que, após uma análise profunda dos prós e contras, acreditamos que vale a pena adquirir a caixa acústica EDGE. Ela custa mais ou menos 180 reais, valor que está dentro do aceitável considerando a proposta do produto.
Ressaltamos novamente que não se trata de uma caixa acústica exemplar em termos de som e bateria. Entretanto, ela ainda se demonstra extremamente portátil e bonita. Levando em conta que ela não apresenta problemas na conexão (salvo em casos de pouca energia disponível), você tem um produto de qualidade intermediária por um preço justo.
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