Quando se fala em Software Livre o que você imagina? Um programa grátis? Sem bloqueios? Um programa de qualidade inferior? Se você pensou nestas hipóteses está de certa forma enganado, mas infelizmente você não é o único. Alguns mitos precisam ser desvendados quando falamos em Software Livre.
Segundo a Free Software Foundation (Fundação para o Software Livre), é considerado livre qualquer programa que pode ser copiado, usado, modificado e redistribuído de acordo com as necessidades de cada usuário. Em outras palavras, o Software é considerado livre quando atende a esses quatro tipos de liberdades definidas pela fundação. Nada impede que um desenvolvedor cobre pelas modificações feitas, pois há custos como em qualquer outra atividade, porém a diferença está na filosofia do Software Livre, a qual visa o espírito de liberdade e não o lucro.
A FSF é uma organização fundada em 1985 por Richard Stallman, considerado o pai do Software Livre. Stallman sempre foi contra softwares proprietários, ou seja, programas que não permitem aos usuários alterar seu código-fonte para modificar programa — não importando se ele for gratuito ou pago. Também é de criação de Stallman o projeto GNU, que junto do kernel desenvolvido por Linus Torvalds formaria mais tarde o sistema operacional Linux.
Para garantir os mesmos direitos de distribuição entre todos os usuários, foram criadas licenças, hoje existem mais de trinta delas. A mais usada é a General Public License (Licença Pública de Uso Geral), criada pelo próprio Stallman para oferecer os mesmos direitos ao usuário. A GPL possui uma regra que restringe a apropriação das modificações, logo todas as mudanças feitas no software se tornam comuun entre todos que partilham o programa.
Além da GPL, outras regras para distribuição de softwares são utilizadas, como a Copyleft. Este termo significa que quando um programa é redistribuído não é permitido adicionar restrições — todas as quatro liberdades são consentidas. CopyLeft é um trocadilho com o termo "Copyright", pois ao contrário deste é possível distribuir o software para qualquer pessoa.
Está muito confuso? Então imagine se um software fosse uma pizza, seu código-fonte seria sua receita. No conceito de Software Livre todos têm acesso à pizza e sua receita, diferentemente de um software pago, o qual é possível pegar apenas a pizza, ou um pedaço dela.
Há muito receio quanto à qualidade dos programas livres. Segundo o site Software Livre do Governo Federal, há muitos casos de sucesso dentro de vários órgãos federais, por exemplo, o Ministério das Comunicações, Marinha do Brasil, Embrapa, Instituto Nacional de Tecnologia da Informação entre outros, utilizam o Software Livre.
Para uso pessoal, alguns softwares livres se destacam e em vários casos acabam superando os programas pagos não só no número de usuários, mas também na qualidade. Alguns exemplos são: o sistema operacional Linux e suas versões (Ubuntu, Kurumim, Fedora). E quem nunca ouviu falar do navegador Mozilla Firefox, rival do Internet Explorer da poderosa Microsoft? A raposinha ganhou uma porcentagem considerável do mercado.
Ainda temos o The GIMP, editor de imagens livre que não fica devendo em muitos aspectos ao famoso Photoshop. E o que falar do eMule e de tantos outros compartilhadores que têm seu código-fonte aberto? Em suma, tais programas já dominaram a web e estão sempre presentes na vida do internauta.
Os programas de código aberto estão conquistando um espaço importante, principalmente no cotidiano dos novos usuários. Hoje é possível comprar um computador com sistema operacional livre na maioria das lojas populares, o que torna o preço mais acessível e isso contribuiu muito para a popularização da Internet. Ainda há muito que se discutir sobre as vantagens ou desvantagens, mas são indiscutíveis os malefícios do monopólio e da privação da liberdade.
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