A LG revelou nesta terça-feira (28) em um evento na cidade de Nova York, nos Estados Unidos, o seu mais novo smartphone top de linha. Trata-se do LG G4, versão renovada do bem-sucedido LG G3, com previsão de chegada ao mercado brasileiro ainda no primeiro semestre de 2015.
A apresentação do produto foi realizada no 64o andar One World Trade Center, em Lower Manhattan, e contou com a participação de diversos representantes da Imprensa internacional. À convite da LG, o TecMundo participou do evento e teve a oportunidade de conferir os detalhes do smartphone em primeira mão.
Além disso, recebemos da empresa um LG G4 para testes e as nossas impressões sobre as primeiras horas com ele são o que você confere agora, tanto na análise abaixo quanto no vídeo acima. Vale lembrar que o celular ainda não teve a sua data de lançamento e nem o seu preço final divulgados até o momento.
Design: Slim Arc e pegada ergonômica
O LG G3 é hoje um dos smartphones mais bem-sucedidos do portifólio de celulares da empresa. A resposta dos consumidores àquilo que experimentaram na terceira geração do produto foi incentivo para que a empresa sul-coreana mantivesse praticamente as mesmas linhas a que já estamos acostumados no modelo atual.
O tamanho de tela foi mantido – estamos falando das mesmas 5,5 polegadas – assim como a tela levemente curvada. Mais refinado nas laterais, o LG G4 será disponibilizado internacionalmente com nove opções de acabamento no total. Seis delas com a tampa traseira de couro, nas cores marrom, preta, vermelha, amarela, azul e bege; e outras três com tampa traseira de plástico, nas cores cinza, branca e dourada.
No Brasil, apenas quatro dessas nove versões serão disponibilizadas: tampa traseira de couro na cor marrom e tampa traseira em plástico nas cores cinza, branca e dourada.
A tampa traseira de couro, sem dúvida, é a que mais chama a atenção. Sua construção é de plástico, como as demais, mas a carcaça conta com um revestimento de couro de verdade. A logo do G4 pode ser vista no canto inferior em baixo relevo e uma costura corta verticalmente o meio do produto.
A bateria continua sendo removível e, na parte interna, você tem acesso à entrada para cartão micro SD e também para o SIM card (micro SIM). Da mesma forma, os botões power e controles de volume foram mantidos na parte traseira deixando as laterais completamente livres.
Unboxing
A versão do LG G4 que recebemos para testes é uma amostra. Isso significa que não necessariamente veremos os mesmos itens na caixa na versão final. Além disso, trata-se do modelo internacional e não de uma versão específica para algum país.
O smartphone veio acompanhado por cabo USB e carregador de tomada, sem fones de ouvido. Isso não significa que a versão vendida para o consumidor não terá os fones. Aliás, cada país estua individualmente se fará ou não promoções de lançamento incluindo outros itens.
No Brasil, por exemplo, à época do lançamento do LG G3 a empresa decidiu incluir de brinde no pacote um carregador wireless. Aqui nos Estados Unidos, está confirmada uma promoção que dará uma bateria extra, um cartão micro SD de 32 GB e um dock para recarga para aqueles que comprarem o celular por um determinado período. Portanto, temos que aguardar as definições da LG Brasil sobre o lançamento no país.
Novo hardware e desempenho
Faz menos de 24 horas que o LG G4 foi lançado, de forma que ainda não tivemos tempo suficiente para dar um veredicto sobre o real desempenho do aparelho em uso cotidiano. Como todo aparelho top de linha novo, em seus primeiros movimentos o sistema operacional se mostra bastante fluído e ágil, sem travamentos ou atrasos no tempo de resposta aos toques.
Rodamos neles dois testes de benchmark, com os apps AnTuTu Benchmark 5 e Vellamo Mobile Benchmark. No primeiro teste o modelo da LG atingiu a marca de 48.069 pontos enquanto no segundo os resultados foram 4.227 no teste HTML5 e 2.314 no teste Metal. Embora benchmarks sejam testes de referência, eles não são e nem devem ser encarados como uma avaliação definitiva.
A responsável pelo hardware do LG G4 mais uma vez foi a Qualcomm. É dela o chipset Snapdragon 808, cuja CPU hexa-core chega aos 1,8 GHz de frequência. A GPU embarcada é a Adreno 418 e o aparelho conta com 3 GB de RAM. São 32 GB de espaço de armazenamento, que podem ser expandidos com cartão micro SD de até 2 TB.
Todos os usuários que comprarem o aparelho vão ganhar ainda 100 GB de espaço no Google Drive gratuitamente além dos 15 GB que já estão disponíveis para qualquer consumidor.
Hardwares inferiores a esse já são suficientes para rodar com tranquilidade praticamente tudo que está disponível na Play Store. Por conta disso, acreditamos que nenhum usuário terá algum tipo de problema ao rodar o que quer que seja com esse conjunto.
Contudo, ao menos numericamente, compará-lo com aquele que talvez seja o seu principal concorrente, o Samsung Galaxy S6, ao menos em um primeiro momento, o coloca em desvantagem no que diz respeito ao poder de fogo. Nas próximas semanas faremos testes comparativos com os aparelhos para que seja possível emitir uma opinião mais segura.
Tela: Quantum IPS, mais brilho e maior contraste
Embora o tamanho e a resolução de tela tenham sido mantidos – são as mesmas 5,5 polegadas e resolução Quad HD (2560x1440 pixels) -, há novidades em termos de tecnologia na construção dos displays. A tela do G4 conta com então inédito Quantum IPS, uma técnica que elimina camadas internas do display. A proteção é a Gorilla Glass 4.
O resultado desse número menor de camadas é uma maior dissipação de luz, o que faz com que seja necessário gastar menos energia para emitir um brilho mais forte. Segundo a empresa, o resultado é um display até 25% mais brilhoso em relação ao G3 e com contraste cerca de 50% maior, uma vez que a paleta de cores percebidas é ampliada em mais de 56%.
Colocando todos esses dados em termos práticos, percebemos sim um contraste maior e um brilho mais intenso na tela do aparelho em relação ao seu antecessor. Entretanto, podemos considerar essa evolução muito mais um refinamento de uma característica que já era boa no LG G3 do que uma revolução em si. O maior benefício, nesse caso, deverá ser o impacto no consumo de bateria.
Bateria
A LG não mexeu na capacidade de bateria do LG G4. Nele você vai encontrar os mesmos 3.000 mAh do LG G3. O aparelho continua sendo compatível com recarga wireless e, segundo a fabricante, o sistema Quick Charge 2.0 é capaz de preencher 60% da bateria em apenas 30 minutos.
Desde que pegamos o aparelho, com carga cheia, ainda não houve tempo para gastar por completo a primeira carga. Utilizamos ele por cerca de 4 horas, sem SIM card e com WiFi desativado na maior parte do tempo, para tirar cerca de 50 fotos. O brilho de tela está configurado no máximo. Já de volta ao hotel, ativamos o WiFi e baixamos e rodamos alguns aplicativos de benchmark. Nesse período a carga foi a 65%.
O resultado parece satisfatório, mas ainda é muito prematuro fazer qualquer avaliação sobre isso. A Qualcomm afirma que o chipset Snapdragon 808 está otimizado para desempenhar suas funções consumindo menos energia. A LG destaca ainda que tanto o seu software quanto a tela também receberam melhorias para um menor consumo.
Em outras palavras, mesmo com maior capacidade de processamento, é provável que tenhamos uma bateria com desempenho muito similar à do LG G3. As melhorias não devem ser significativas nesse campo, mas o resultado final deve se manter dentro de índices aceitáveis para o consumidor. Tiraremos essas dúvidas somente na análise completa do aparelho, que deve ir ao ar em breve.
Câmera traseira: o principal foco do novo G4
Boa parte da apresentação do novo LG G4 foi dedicada a explicar as novidades que a empresa inclui no que diz respeito às câmeras, tanto a traseira quanto a frontal. A companhia incluiu diversos recursos de hardware e software que podem sim colocar o aparelho entre os melhores “cameraphones” do mercado. Vamos aos recursos.
O foco laser, lançado inicialmente no LG G3, foi mantido para essa edição. Além disso, a câmera traseira do aparelho ganhou um sensor de espectro de cores. Isso faz com que ao capturar um foto, o aparelho possa identificar com maior precisão as diferentes tonalidades de uma cor, a partir da análise da frequência. O resultado são degradês e tons mais equilibrados em praticamente qualquer imagem.
A resolução da câmera traseira passou de 13 para 16 megapixels. Há novidades também na estabilização óptica de imagens, que passa a contar com três eixos (X, Y e Z) ao invés do tradicionais dois eixos presentes nos estabilizadores da grande maioria dos celulares que contam com esse recurso. Essa novidade garante um foco mais preciso, seja em cenas em movimento ou em fotos tiradas.
Todos esses recursos dão ao consumidor uma maior autonomia de manuseio da câmera. Esse leque de opções é ampliado com a inclusão do modo manual de fotografia, que aproxima o aparelho da experiência que você pode obter com uma câmera profissional.
Com ele ativado, é possível controlar itens como balanço de branco, distância focal, ISO e velocidade de abertura do obturador. As imagens podem ser salvas ainda no formato RAW (sem compressão), ideal para tratamento profissional em softwares avançados de edição de imagem.
Detalhes em ambientes escuros também ficam mais nítidos graças à abertura f/1.8 da câmera, que permite maior captura de luz. Para se ter uma ideia, a maioria dos celulares do mercado têm aberturas entre f/2.2 e f/2.0. Mesmo o Galaxy S6, recém-lançado, tem abertura de f/1.9 – portanto há uma vantagem numérica para a LG nesse quesito.
Tivemos a oportunidade de fazer algumas fotos com o aparelho pelas ruas de Nova York e o resultado você confere na galeria de imagens desse artigo.
Câmera frontal: a evolução dos selfies
Não foi apenas a câmera traseira que ganhou atenção especial por parte do fabricante. A câmera frontal, cada vez mais popular por conta das selfies, chegou aos 8 megapixels de resolução no LG G4 – a maior entre modelos disponíveis na atualidade.
O recurso Quick Selfie, em que basta abrir e fechar a mão diante da câmera para ativar o disparo, continua presente. Entretanto, há uma novidade interessante para aqueles mais perfeccionistas. Se você fizer esse mesmo movimento duas vezes seguidas, a câmera é disparada quatro vezes, permitindo que você escolha o melhor retrato entre as opções disponíveis.
Nova interface: UX 4.0
O LG G4 chega ao mercado com a versão mais recente do Android, a 5.1. A interface UX 4.0 foi renovada, mas as mudanças são sutis. Cores mais sólidas e um visual mais próximo ao material design, adotado pela Google, dão o tom. Já em termos de recursos há alguns itens mais relevantes.
É o caso do SmartBulletin, uma central que reúne informações de diversos serviços da LG, como o LG Health, o Calendário, o Player de Música, o Smart Settings, o QRemoto e as SmartTips. Há um modo de gerenciamento que permite acompanhar o desempenho da RAM, o espaço de armazenamento e o status dos serviços em execução.
Você pode ainda disparar a câmera traseira, mesmo com o aparelho em standby, dando um duplo clique no botão de volume para baixo. Outra novidade é que as deslizar o dedo na tela de cima para baixo, com o aparelho em standby, são exibidas a data, a hora e o percentual de bateria.
Análise completa em breve
Em um primeiro momento, o LG G4 parece muito mais uma atualização de hardware do LG G3 do que uma nova geração de smartphone. Essa característica, entretanto, não é nenhum demérito para o aparelho. O foco principal das novidades recai sobre as duas câmeras, que receberam melhorias bastante significativas.
Ao longo das próximas semanas, o TecMundo vai se aprofundar nos detalhes em cada um dos quesitos do LG G4. Como você já deve estar acostumado, sempre que um smartphone top de linha é lançado ele ganha uma superanálise em nosso site, com layout diferenciado e o máximo de informação que pudermos extrair. Dessa vez não será diferente e, nas próximas semanas, traremos mais um superconteúdo sobre ele. Portanto, fique ligado e até lá!
O TecMundo viajou a Nova York para a cobertura do lançamento do LG G4 a convite da LG.