Os ultrabooks Lenovo Flex D já estão no mercado brasileiro. A nova linha de flexíveis traz modelos com diversas configurações de hardware (com algumas variações de processador, memória e armazenamento), mas todos contam com a mesma tela sensível ao toque e diversos recursos para os consumidores.
Nós testamos uma versão que conta com processador Intel Core i5-4200U e 4 GB de memória RAM e que pode ser encontrada no Brasil pelo preço de R$ 2.869. Será que esse valor é condizente com o que é apresentado pelo computador da Lenovo? Nós descobrimos isso para você. Confira agora mesmo as nossas impressões.
Design inovador é o que basta?
Quando paramos para observar o design do ultrabook, rapidamente notamos que ele possui traços bem bonitos e cores que lembram bastante outros rivais do mercado — como alguns modelos da HP e até mesmo os aparelhos de alumínio da Apple. A disposição das teclas é satisfatória e o espaço disponível para o repouso das mãos também, o que permite muito conforto na digitação.
Infelizmente o touchpad do aparelho não ganha os mesmos elogios. Ele é um pouco lento e de difícil deslizamento dos dedos, sendo que isso deve ser somado à dificuldade na utilização dos botões inferiores — principalmente quando estamos falando do botão direito do mouse. Isso acaba exigindo a utilização de mouses externos para quem precisa de mais precisão e velocidade.
Também é preciso dizer que ele é bem pesado para um ultrabook. Chegando perto dos 2 kg, ele pode ser pouco confortável para os consumidores, principalmente aqueles que costumam levar os computadores para a faculdade ou para o trabalho, por exemplo. Esse peso também dificulta a utilização do modo Stand, em que o notebook é armado como uma cabana para a apresentação de conteúdos.
Tela sensível ao toque
Em uma primeira análise, é preciso dizer que a tela LED do notebook é bem boa. Ela apresenta brilho de qualidade e exibe as informações com bastante eficiência. A resolução HD é interessante e permite ótimos resultados em games e filmes, sendo ainda necessário dizer que a sensibilidade ao toque não deixa nada a desejar em relação aos concorrentes.
A tela do Flex 14 D possui 300 graus de abertura — segundo os padrões da própria Lenovo —, permitindo que ele seja utilizado tanto como um notebook comum quanto como uma tela de apresentação no formato Stand. E é nesse ponto que ele apresenta algumas falhas, pois a visualização das imagens nesse modo é bem dificultada pela opacidade e por perdas no contraste.
Isso acontece porque o melhor ângulo de visão do aparelho é encontrado quando ele está aberto da maneira normal. Ao acionar o modo Stand, esse ângulo é completamente invertido e a tela passa a dificultar bastante a leitura de textos ou visualização de imagens e vídeos. Com a tela totalmente flexibilizada, surge também um outro problema: os botões do teclado não são desativados e muitos comandos podem ser ordenados por acidente.
Hardware consistente
É fato que o Lenovo Flex D não é indicado para os gamers mais fanáticos — como qualquer ultrabook que não conte com um chip gráfico de alta potência. O hardware dele não é poderoso o bastante para isso, mas é preciso ter em mente que o computador pode desempenhar qualquer outra atividade sem qualquer dificuldade. Ele possui componentes de qualidade para fazer com que aplicativos pesados rodem sem problemas.
Isso significa que é possível utilizar softwares de edição de imagens, navegar na internet, assistir a vídeos em alta resolução e realizar várias outras atividades com total qualidade. Nós dissemos que ele não é indicado para gamers exigentes, mas há algo que precisa ser dito. Para quem gosta de jogos mais casuais, ele ainda consegue executar diversos títulos mais recentes com configurações mais modestas.
Multimídia
O ultrabook da Lenovo é uma excelente ferramenta de acesso a conteúdos multimídia. Ele pode reproduzir filmes com bastante qualidade — em alta definição (HD) e se aproveitando do brilho da tela. Ao mesmo tempo, ele se sobressai à maioria dos notebooks concorrentes por seu sistema de áudio potente e nítido, que dispensa a necessidade de caixas externas.
Essa vantagem acústica (de nitidez, volume e profundidade dos graves) pode ser explorada não apenas para a reprodução de filmes, mas também para músicas. Com o sistema de áudio integrado ao Lenovo Flex D, os consumidores podem facilmente tornar o computador uma central de mídia de um cômodo não muito grande.
Bateria
Quem precisa de um ultrabook com boa autonomia de bateria pode encontrar no Ideapad Flex uma ótima alternativa. Com uso contínuo de vídeo ele dura cerca de três horas, e isso pode ser aumentado com facilidade se houver menos recursos sendo exigidos pelo computador. Ou seja, ele pode fazer com que o consumidor não fique na mão durante uma tarefa profissional, por exemplo.
Vale a pena?
Como dissemos no começo do texto, o Lenovo Ideapad Flex 14D está à venda no mercado brasileiro por R$ 2.869. Ele possui diversos recursos de hardware que são bem interessantes, mas é preciso dizer que por esse valor é possível encontrar aparelhos mais completos — incluindo alguns modelos da Dell e da Avell, mais baratos e que possuem chips gráficos mais poderosos.
O ultrabook da Lenovo oferece recursos bons, mas que acabam sendo traídos pelo próprio desempenho. O exemplo mais claro disso está no formato Stand, que permite a utilização do notebook somente no modo touch e acaba prejudicado por problemas na tela. Em resumo, é possível dizer que o design e a tela touchscreen apenas encarecem o produto, não trazendo reais vantagens a ele.
De maneira geral, não é errado dizer que o notebook tem configurações interessantes. O problema mesmo está na forma como elas são apresentadas. Se você está procurando um novo notebook da Lenovo, é recomendado pensar se você realmente precisa da flexibilidade deste modelo. Caso isso seja secundário, é mais interessante procurar outros ultrabooks da mesma fabricante.
Este produto foi cedido para análise pela Lenovo.
Fontes
Categorias