Se você, como certo redator aficionado por blocos de montar que vos escreve, tem uma coleção respeitável de LEGO, provavelmente já desejou que houvesse uma melhor maneira de separar suas peças. Pois bem, saiba que uma solução para isso pode ter finalmente surgido, graças a um programador e inventor chamado Jacques Mattheij.
Em poucas palavras, a tecnologia criada por ele consiste em uma máquina que é capaz de reconhecer e separar tipos específicos de peça a seu pedido. Para tal, o equipamento (que foi montado com uma mistura de peças de LEGO e restos de mecanismos de outros dispositivos) conta com uma câmera que identifica a peça; o tipo de bloco define para qual caixa ao fim da esteira automatizada ela será levada.
De acordo com Mattheij, em um post feito através de seu blog, a criação da máquina veio com a decisão do programador de revender peças de LEGO. Em resumo, ele não teve tantos problemas para conseguir os blocos através de pequenas compras no eBay; o problema foi quando chegou a hora de separar as duas toneladas de blocos que ele havia conseguido.
Visto que a revenda de peças normalmente é feita por quilo de blocos vendidos de certa coleção, com valores variando drasticamente de acordo com o tipo de peça, a situação já fica bem complicada. Junte a isso o fato de que atualmente existem mais de 38 mil formas de peças de LEGO com 100 tons diferentes de cor para conseguir e já dá para imaginar o trabalho absurdo que isso geraria, e não vamos nem falar nos desafios de achar peças falsas, danificadas, descoloridas ou sujas...
Foi assim que Mattheij acabou pensando em um tipo de equipamento capaz de separar as peças. O equipamento conta com o já conhecido aprendizado de máquina para reconhecer cada bloco; com isso, restou ao programador apenas avisar ao sistema quando ele identificou o item erroneamente.
Ao fim de duas semanas eu tinha um conjunto de dados de treinamento de 20 mil imagens corretamente identificadas
Tudo isso, é claro, pode parecer incrivelmente trabalhoso no caso de uma rede neural, mas parece que o esforço trouxe bons resultados. “Ao fim de duas semanas eu tinha um conjunto de dados de treinamento de 20 mil imagens corretamente identificadas”, contou ele.
A boa notícia, para quem também tem tantas peças de LEGO assim para organizar, é que Mattheij tem planos de vender esse aparelho para o público. Antes, porém, ele quer tornar esse protótipo ainda mais eficiente na identificação e separação de bloquinhos.
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