Fonte da imagem: Baixaki
Esqueça aquilo que você conhece em termos de televisão, ou seja, apenas uma TV no meio da sala, para entreter as visitas. A Sharp acaba de dar um passo além na tecnologia de imagens expansivas com a i3-Wall (pronuncia-se “i-triplo”, ou “i-three”), uma composição de tirar o fôlego.
Durante a CES 2011, a empresa japonesa montou para os visitantes o stand composto por 64 telas LED de 60 polegadas cada nas paredes, teto e chão, trazendo a sensação 3D sem necessariamente utilizar a tecnologia em três dimensões para isso. As imagens de alta qualidade trazem melhor visualização nos cinco lados forrados da tela, como se você realmente estivesse passeando pelo que está passando no momento pelos monitores.
Confira abaixo um vídeo que mostra o stand da i3-Wall na feira de tecnologia de Las Vegas, para que você possa ter uma ideia ainda maior do uso e da alta qualidade de imagens:
De acordo com o executivo Fujikazu Nakayama, os displays LCD são mais claros e brilhantes do que outras formas de mostrar imagens expansivas, como em projetores ou displays de plasma.
Cadê a borda que estava aqui?
Diferente do que se havia mostrado até o momento em outras marcas, o espaço entre cada tela foi reduzido para apenas 6,5 milímetros. Isso deixa a Sharp como a empresa a desenvolver o menor espaçamento (moldura) do mundo, afirmam os desenvolvedores das telas de alta qualidade.
Em termos de comparação, o menor espaçamento conseguido antes a i3-Wall era de 40 milímetros, muito mais do que a novidade da Sharp. Isso quer dizer que, apesar de ainda trazer as linhas pretas ao redor de cada tela, as bordas foram diminuídas consideravelmente.
Fonte da imagem: Baixaki
Para conseguir este espaço tão diminuto, a empresa japonesa utilizou televisores do modelo PN-V601, que trazem as bordas quase tão finas quanto possível. Unidas com a tecnologia para conversão, a montagem pode ser feita em tamanhos diferentes, de acordo com a necessidade do cliente.
Público e preço
Apesar de ser um sistema um tanto quanto interessante mesmo para casas, a i3-Wall não tem como público-alvo aqueles que querem fazer da própria residência um local diferente e conceitual. A tecnologia tem como foco propagandas, salas de exposições, museus, aeroportos, restaurantes e muito mais.
Porém, nada impede que a tecnologia seja usada em locais diferentes, desde que a pessoa (ou empresa) interessada seja capaz de adquirir a tecnologia. De acordo com a Sharp, toda a parafernália, incluindo o software para converter imagens para a i3-Wall custa cerca de 50 milhões de ienes, algo como um pouco mais de 1 milhão de reais.
Fonte da imagem: Baixaki
Pensando em longo prazo, espera-se que a tecnologia traga lucro de 100 bilhões de ienes (ou mais de 2 bilhões de reais) nos próximos anos. A i3-Wall será colocada à venda no Japão imediatamente e deve chegar ao mercado dos Estados Unidos e Europa em agosto deste ano.
Outras possibilidades
Além de montar o stand na CES 2011, a Sharp também demonstrou a tecnologia em um salão na cidade de Tóquio, porém apenas com telas protegidas no chão. Moriyuki Okada, outro executivo da empresa, comenta que “se imagens do fundo do mar forem mostradas em um restaurante, os visitantes se sentirão como se estivessem flutuando acima da água”.
Ele também afirma que a tecnologia da i3-Wall “será capaz de criar espaços no estilo de museus”, mas o que realmente se aguarda é que “haja esperança de que esse sistema se desenvolva em várias possibilidades”. Portanto, o que vale é saber que a tecnologia permite caminhar no limite da imaginação, porém a empresa deve desembolsar uma boa quantia para isso.