(Fonte da imagem: Reprodução/Lawrence Livermore National Laboratory)
No início deste ano, foi oficialmente anunciado o laser mais poderoso do mundo, localizado na Califórnia, nos EUA. O equipamento construído pelo National Ignition Facility, departamento do Lawrence Livermore National Laboratory, é formado por 192 raios menores que quando combinados formam um feixe de 2,03 megajoules, um recorde absoluto na área.
O objetivo inicial da tecnologia era causar uma fusão nuclear em uma célula combustível de hidrogênio comprimido — e gerar ainda mais energia do que a que foi gasta para o disparo. Em suma, esse laser poderia fornecer uma fonte de energia completamente limpa. Contudo, de acordo com a revista Nature, todo esse aparato começará a ser usado para “desenvolver” armas.
A expectativa dos cientistas do NIF era de que até o final de 2012 o laser pudesse estar em estágio avançado de testes para a geração de energia. Porém, uma série de problemas técnicos impossibilitou que as metas planejadas fossem alcançadas — o que pareceu ter frustrado os setores do governo que financiam a pesquisa.
Com isso, o orçamento destinado para o desenvolvimento desse projeto foi reordenado. A quantia de dinheiro repassada para a instituição será a mesma, mas somente 50% do montante ficará destinado para a proposta original da tecnologia. A outra metade do valor deverá ser usada no desenvolvimento de mecanismos para simular o que acontece dentro de uma arma nuclear.
A partir desses testes, os pesquisadores visam coletar dados para compará-los com o desempenho das ogivas nucleares atuais e garantir que os mecanismos de desligamento desse tipo de armamento usado pelas Forças Armadas são realmente eficazes.