Um novo horizonte estaria prestes a ser vislumbrado pelas tecnologias de comunicação? Pode ser ousadia demais arrematar uma afirmação dessas, mas negar a patente evolução de ferramentas e serviços relacionados às mídias é certamente um equívoco. Prova disso é o recente projeto desenvolvido pelo centro de pesquisas asiático da Microsoft (MRA) em conjunto com a Academia de Ciência Chinesa (CAS).
Por meio da criação de um programa capaz de rastrear, ler e entender os movimentos das mãos, os cientistas, usando os sensores de movimento do Kinect, conseguiram fazer com que a linguagem de sinais fosse plenamente registrada por um computador. Como bem se pode notar ao observar o vídeo postado acima, a velocidade de resposta aos estímulos não é imediata.
Todavia, todos os recados transmitidos via linguagem de sinais foram compreendidos corretamente pelo sistema. “O modo de tradução que identifica os sinais e os transformam em textos, capaz também de entender a linguagem [norte-]americana, pode oferecer suporte a outras variações de linguagem”, pode-se ler em um dos trechos do estudo publicado na página da Microsoft (acesse o endereço aqui).
Quais são as possibilidades?
Além de identificar a linguagem de sinais e transformar os gestos rapidamente em texto, o modo “Communications” permite que pessoas surdas ou mudas se comuniquem praticamente com qualquer um. Se, por exemplo, uma frase qualquer for digitada, um avatar é capaz de indicar os movimentos correspondentes à sentença em linguagem de sinais.
(Fonte da imagem: Divulgação/Microsoft)
“Uma das particularidades deste projeto é a participação de pesquisadores e pessoas com deficiência auditiva e de fala”, comenta Zhou Ming, pesquisador-chefe da MRA. “Alunos e professores da Universidade de Pequim participaram deste estudo. Assim, nossos algoritmos puderam ser programados de forma ‘natural’”, esclarece Ming.
Conforme explica Guobin Wu, gerente do programa de pesquisas da MRA, a ideia é estreitar os laços comunicacionais entre pessoas que apresentam deficiências de fala ou audição. “Embora este ainda seja um projeto de pesquisa, esperamos conseguir fornecer uma ferramenta de interação diária capaz de preencher a lacuna entre pessoas que conseguem ouvir e aquelas que são surdas”, pontua, em tom otimista, Guobin.
Via BJ
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