(Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia)
A Electronic Arts anunciou hoje seus resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre do ano fiscal 2014. E se tem uma palavra para definir os números, ela é: digital. As redes online representaram 76% do negócio da empresa entre os meses de abril e junho, trazendo lucros e mostrando que este é o melhor caminho a se seguir.
Os lucros da empresa apresentaram ligeira queda em relação ao mesmo período do ano passado. No primeiro trimestre, a Electronic Arts acumulou US$ 949 milhões em vendas de títulos e conteúdo, um montante dentro do esperado por investidores e analistas de mercado. Apesar do resultado inferior, apenas existem motivos para comemorar.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
Frank Gibeau, presidente de franquias da empresa, lembrou que muitos torceram o nariz quando a EA decidiu seguir com tudo para o mercado digital, usando o Origin e uma oferta consistente de DLCs para seus títulos. Ele garante que esse é um compromisso cada vez maior da empresa e chegou a arriscar pensar que o futuro dos games, como sempre se diz, está nesse novo modelo de distribuição.
Outro grande marco foi uma equivalência entre as vendas de jogos de video game e títulos mobile. Segundo Gibeau, a ideia da EA de “ir até onde o público está” deu mais certo do que nunca e está fazendo com que a marca se torne cada vez mais popular. A empresa corresponde a isso com o desenvolvimento de cada vez mais títulos e foco total na qualidade e profundidade deles.
Um dado curioso reforça essa ideia: a Apple foi a parceira comercial que mais gerou dividendos para a Electronic Arts durante o trimestre. Apenas em títulos para celulares e tablets da marca, cerca de US$ 90 milhões foram obtidos por meio da App Store, aproximadamente 18% do total e com The Simpsons: Tapped Out como o principal expoente.
Em comparação, por exemplo, a venda de títulos pela plataforma Origin rendeu US$ 37 milhões, um total motivado por Battlefield 3 e The Sims 3. Houve nova queda nas assinaturas de Star Wars: The Old Republic, que se somou a uma redução de 25% nos negócios free-to-play da EA.
Contrariando expectativas
Gibeau também se mostrou muito feliz de anunciar a marca de dois milhões de unidades vendidas de SimCity. Segundo ele, a lealdade dos fãs permitiu que o game prosperasse mesmo após os problemas que macularam seu lançamento e garantiu que falhas desse tipo jamais acontecerão novamente.
As assinaturas do serviço Battlefield Premium também apresentaram crescimento, ganhando 500 mil novos usuários e ultrapassando a marca de quatro milhões de inscritos. O Origin também tem números inflados: 50 milhões de jogadores registrados, o que para Gibeau, é uma prova do sucesso de um modelo proprietário de distribuição de jogos.
Geração “espetacular”
O grande foco da Electronic Arts agora, disse o gerente de operações Peter Moore, é a nova geração de consoles. Mostrando entusiasmo, o executivo lembrou que games como FIFA 14 e Madden NFL 25 estarão lado a lado com o PlayStation 4 e Xbox One em seus respectivos lançamentos e afirmou estar muito feliz com a qualidade dos games. Além disso, disse que a empresa não está gastando muito mais em desenvolvimento, o que sempre é uma ótima notícia.
Além disso, lembrou aos investidores sobre as apostas mais seguras que estão sendo feitas agora. As engines utilizadas em títulos da nova geração são as já conhecidas Frostbite e Ignite, apenas em novas versões. Isso garante um trabalho mais fácil para desenvolvedores, facilita a transição para os usuários e possibilita uma melhor qualidade de jogos.
Ainda, a Electronic Arts pretende aplicar novos modelos de negócios baseados exclusivamente nas capacidades do PlayStation 4 e Xbox One, mas esses planos serão anunciados apenas mais tarde. Uma coisa é certa: a distribuição digital continuará sendo uma força primordial para a companhia e planos de conteúdo já estão sendo pensados para Battlefield 4 e outros games.
Via BJ