(Fonte da imagem: Reprodução/Activision)
Jogos de tiro em primeira pessoa (FPS) podem provocar quais tipos de efeitos mentais aos jogadores? De acordo com estudo publicado pelo jornal Psychological Research, pessoas que empunham armas no mundo virtual apresentam melhores resultados em testes de memória quando comparadas a quem nunca ligou um console.
Essa descoberta coloca em xeque, inclusive, outro estudo já publicado por aqui: nos EUA, 89% dos pais de adolescentes dizem que a violência nos jogos atuais é, de fato, um problema. Lorenza Colzato, coordenadora do recém-publicado artigo, afirma, no entanto, que “jogar video games é a maneira mais fácil e rápida de melhorar a memória”.
Um cérebro flexível
O estudo, realizado por uma equipe de pesquisadores da Universidade de Leiden, comparou as capacidades mnemônicas (propriedades do poder de memorização) de dois grupos de entrevistados: pessoas que jogam ao menos cinco horas de FPS semanalmente e pessoas que não possuem intimidade alguma com os consoles.
*Assista, abaixo, vídeo em que Lorenza Colzato, além de detalhar a metodologia da pesquisa e apresentar os pormenores dos resultados obtidos, fala também sobre a injusta relação que comumente se faz entre tragédias nacionais envolvendo crianças mortas a tiros (Columbine, 1999; Virginia Tech, 2007) e jogadores de FPSs.
A pesquisa apontou ainda que a experiência de jogo em si “treina o cérebro e o torna mais flexível, uma vez que monitora e atualiza novas informações, melhorando a capacidade de memorização”. Também nas palavras de Lorenza, líder do estudo, “os jogos em primeira pessoa exigem uma mentalidade flexível para reagir de forma rápida, monitorando estímulos visuais e sonoros”.
Mas não a melhor forma de estudar para um exame...
Apesar de otimizar as capacidades de monitoração e resposta do cérebro, jogar Call of Duty antes de um exame não parece ser a forma mais eficaz de estudo... O tipo de trabalho desempenhado pela mente em jogos que exigem agilidade é o de “resposta imediata”. Ou seja: “é a memória de curto prazo, que está concentrada primeiramente com os processos de percepção e de linguística”, explica a doutora.
Fonte: Science Daily
Via BJ
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