(Fonte da imagem: iStock)
Se você perguntar para os gamers o que eles mais gostam em um jogo, a resposta de grande parte deles vai ser “gráficos”. Mas em uma era em que a qualidade visual é tão importante, por que ainda é tão comum ver pessoas apaixonadas pelo Tetris (que foi criado em 1984 e ainda segue os mesmos traços originais)?
Cientistas estudaram o caso e chegaram a algumas conclusões bem interessantes. Em 1994, Jeffrey Goldsmith havia dito que o Tetris cria padrões visuais que fazem o mesmo efeito que drogas no cérebro humano, causando realmente dependência — não química, mas psicológica.
Alexey Pajitnov, o criador do game, refuta essa hipótese. Para ele, o título funciona mais como uma “música que não sai da cabeça”. Isso acontece porque o Tetris funciona por padrões rítmicos de áudio e vídeo, prendendo muito a atenção dos jogadores. Por esse motivo seria tão difícil parar de se divertir com o jogo, ainda mais em versões coloridas.
O que dizem os cientistas, hoje?
O psicólogo Tom Stafford escreveu sobre o tema em sua coluna no site da BBC. Para ele, o grande mérito de Tetris é o fato de ele não ter fim. Durante todo o tempo estão sendo mostrados novos desafios e tarefas para os jogadores, que precisam de raciocínio rápido para que consigam vencer. Mas quando a vitória é realmente alcançada?
(Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)
A resposta é subjetiva, pois o game não possui um fim definido. Sempre que os jogadores estão próximos a conseguir atingir os objetivos, novas missões são mostradas e fazem com que existam ainda mais desafios. Isso gera o chamado efeito Zeigarnik: “Tarefas inacabadas são colocadas sobre as completadas” e voltam a nos desafiar.
Stafford faz uma analogia mais simples: “Jogar Tetris é como coçar uma área com coceira”. O alívio da missão cumprida pode até surgir, mas, logo que uma outra tarefa é completada, aquela que não foi totalmente acabada volta a “assombrar” a mente das pessoas. “Jogar Tetris e coçar! É só começar!”.
Fonte: BBC
Categorias