A hora tão sonhada por muitos jogadores finalmente chegou. Na última terça-feira, os jogadores de Xbox 360 que adquiriram o game Dragon’s Dogma finalmente tiveram acesso a uma demo jogável de Resident Evil 6. O BJ já havia testado o jogo durante a E3 2012 e, agora, volta a analisar a amostra, só que com muito mais tempo e atenção. Poderíamos passar horas e horas dissecando cada pedaço da novidade. Foi justamente o que fizemos.
Gameplay comentado
Logo de início, uma surpresa: é possível jogar os cenários protagonizados por Chris, Jake e Leon não apenas com eles, mas também com os parceiros Piers, Sherry e Helena, respectivamente. Apesar das fases serem exatamente as mesmas, existem variações sutis pelo caminho e habilidades e armas completamente diferentes.
Bonita tela rachada
A surpresa, porém, veio também com uma triste constatação. Os gráficos de Resident Evil 6 não estão lá muito bons, e o principal responsável por isso é o screen tearing. Os cortes bruscos na imagem – que acontecem quando existem problemas na taxa de quadros por segundo – estão presentes em praticamente todos os momentos e agridem os olhos de quem está jogando. O problema pode ser resolvido de maneira fácil, depende apenas do grau de cuidado da Capcom.
Assim como alguns efeitos de sombra, que aparecem pixelados, muitas das texturas de Resident Evil 6 também aparecem em baixa qualidade. É possível perceber, por exemplo, serpentinas e faixas chapadas no piso do cenário de Leon, estruturas sem detalhe algum no prédio que serve de arena à batalha de Jake contra o Ustanak ou cabelos simplesmente horríveis nas cenas com Sherry ou Helena.
Nem tudo, porém, é feio desse jeito. Os personagens e, principalmente, os cenários, apresentam um nível de detalhes bastante impressionante. Uma prova disso é a sala de jantar da Universidade Ivy, com cadeiras, talheres, balões, faixas e muitos outros objetos espalhados pelo local.
Inimigos também apresentam um cuidado com detalhes e são bem variados. É possível encontrar skins repetidas, é claro, mas elas aparecem em menor número do que em Resident Evil 4, por exemplo. A ação, porém, é tão frenética que você dificilmente vai se importar com zumbis iguais quando estiver cercado por eles.
Gears of Evil
O título acima é visto por uns como um grande avanço na jogabilidade de Resident Evil 6, enquanto para outros é o terror completo. Em mais uma grande alteração na jogabilidade da franquia, a Capcom abandonou para sempre os clássicos controles “tanque” e agora apresenta um sistema muito mais fluído e parecido com os jogos de tiro da atualidade.
Finalmente, é possível andar e atirar ao mesmo tempo. Esquivas e sprints também fazem parte do pacote, assim como golpes físicos que, agora, podem ser desferidos a qualquer momento. Essas ações estão vinculadas a uma barra de fôlego que, apesar de se recuperar rapidamente, impede que os jogadores passem por cima de tudo na base dos socos e chutes.
O esquema de câmera, porém, deixa a desejar. O jogador pode posicionar o personagem como quiser, do lado esquerdo ou direito da tela. O problema é que o protagonista ocupa quase 50% do display e a visão se aproxima ainda mais dele caso a arma seja empunhada. No cenário de Chris, lotado de ação e com inimigos por todos os lados, isso representa um sério problema.
Para a felicidade dos saudosistas, é possível desligar todos os auxílios visuais. O tão criticado indicador de objetivo, bem como a mira em cruz e até mesmo a interface de usuário, podem desaparecer completamente, caso o jogador assim deseje. A tela, então, pode ser completamente personalizada e estar cheia de indicações, como um FPS, ou totalmente limpa, como nos antigos Resident Evil. A escolha é sua.
A demo também permitiu observar algumas novidades no sistema que ainda não haviam sido reveladas oficialmente pela Capcom. A energia, agora, funciona por meio de bloquinhos, que aparecem na interface de usuário. Caso o personagem sofra danos, um sistema de regeneração automática entra em ação, desde que o nível de “vida” perdida não esvazie completamente o quadrinho.
Os pontos de energia são recuperados com a utilização de comprimidos, que substituem as clássicas ervas. Mas não se engane, elas ainda estão no game, mas devem ser convertidas em remédios pelo jogador por meio do inventário. Sprays de cura também marcam presença e garantem uma cura bastante significativa.
Gostinho de quero mais
A demo de Resident Evil 6 é extremamente curta e cada um dos três cenários pode ser completado em cerca de 15 minutos. Mesmo assim, a amostra cumpre o seu propósito e, apesar de todos os problemas, deixa os jogadores ansiosos para a versão completa do game, que chega às lojas em 2 de outubro.
Ainda, fica aquele ar de esperança. A expectativa de que a Capcom conserte as falhas gráficas até o lançamento do jogo é bastante comentada entre os fãs, e a própria Capcom já afirmou que está de olho nas críticas. Resta, então, apenas esperar por mais essa revolução.
Em tempo, a demo de Resident Evil 6 para os donos de PlayStation 3 será lançada na PSN no dia 4 de setembro, também para quem comprou Dragon’s Dogma. Não há informação sobre o lançamento da amostra para o público em geral.
Via BJ
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