(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Nos estandes da Qualcomm aqui na MWC 2012, uma demonstração capturava os olhos dos visitantes: uma série de tablets no balcão rodando jogos de tiro em primeira pessoa, com controles de video game logo ao lado.
Todos os aparelhos estavam conectados a televisões por meio de docks (como os usados pela equipe do Ubuntu para Android), permitindo partidas em modo multiplayer direto na telona. Até aí, tudo bem. Os problemas começaram quando pegamos os controles para jogar. Logo de cara, os gráficos borrados na tela (que nunca seriam percebidos nos aparelhos menores) saltaram aos olhos. Efeitos pobres e nenhum cuidado com a animação dos personagens ficaram evidentes.
Mas o pior foi a jogabilidade. Os controles demoravam demais para responder. Mirar em um simples barril foi quase impossível por conta do atraso, que passou de meio segundo. A sensação foi similar à de jogar OnLive aqui no Brasil com uma conexão de péssima qualidade. Depois de alguns minutos de frustração, largamos os controles e partimos para conferir o restante da MWC.
(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
E agora?
A demonstração pode ter sido feita com base em uma versão não otimizada do jogo e deve haver margem para melhorias nos comandos, mas para chegar perto dos video games, além de resolverem todos os problemas citados, os desenvolvedores teriam ainda outra barreira gigantesca pela frente: gráficos, que nunca irão se equiparar aos dos equipamentos voltados especificamente para jogos.
A realidade é que os tablets e celulares nunca oferecerão o mesmo conforto que uma máquina especializada dá aos processadores e demais componentes. Tudo nos portáteis é apertado, e tem que rodar em função de duração de bateria.
No fim das contas, tablets e celulares têm sim potencial suficiente para se tornarem centros domiciliares de entretenimento, chegando até mesmo a oferecer jogos mais longos e complexos que Angry Birds (que é ótimo game, por sinal). Gráficos do nível da atual geração de video games só precisarão de mais um ou dois anos.
(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Mas agora pare por um instante e pense no que Xbox 720 e PlayStation 4 mostrarão dentro dos mesmos poucos anos, sem contarmos o que as placas mais caras da NVIDIA e da AMD já estarão fazendo. Imagens em resoluções 4K e personagens que beiram o realismo? Este será apenas o começo.