Quase metade das crianças na Escócia não foram para a aula no dia do lançamento do GTA IV, isso porque o game chegou às lojas efetivamente no dia em que foi anunciado. Agora, mesmo depois que a data do lançamento oficial de um game finalmente chega, tem games que levam mais algumas semanas para chegar às lojas do Brasil. Enquanto isso, cópias piratas circulam livremente pela internet, muitas vezes antes mesmo do jogo ser lançado, seria isso mais um incentivo para a pirataria ou apenas outra desculpa para burlar a lei?
Como se não bastasse o fato do jogo original custar muito mais do que uma cópia pirata, muitos adeptos desta prática ilegal defendem outro aspecto polêmico: a demora excessiva para que os títulos originais cheguem até as lojas do país. Qual a real situação por trás disso e como contornar o problema sem se envolver com as cópias ilegais?
O problema de ser precoce
Alguns jogos ficam prontos dias antes do seu lançamento e permanecem às escuras até que a data anunciada finalmente chegue. A empresa aproveita este período para bombardear o mercado com vídeos e outras propagandas para aumentar as expectativas do público e, com isso, aumentar as vendas do produto.
Também ocorre que antes desse lançamento oficial, algumas cópias circulam entre a equipe de desenvolvimento para que possíveis erros e bugs sejam identificados e corrigidos. Este período é necessário para que o game seja aperfeiçoado antes de chegar às lojas. Eventualmente acontece é que uma destas cópias inacabadas chegue aos distribuidores piratas. É claro que a qualidade destas cópias é duvidosa, muitas vezes o arquivo chega corrompido, com vírus ou com outras brincadeiras de extremo mau gosto.
Foi exatamente isto aconteceu com o Assassin´s Creed, na cópia pirata que se popularizou na internet não o game travava toda vez que o jogador tentasse por os pés em Jerusalém (simplesmente a maior cidade do jogo). Acredite, este é apenas um dos exemplos mais leves e que não comprometia seriamente os sistemas operacionais. Não são raros os casos em que o jogador chega ao extremo de formatar sua máquina após tentar instalar uma cópia pirata.
Quanto mais longe, maior a demora
Ao contrário dos grandes lançamentos para o cinema, o consumidor quase nunca tem a oportunidade de conferir o resultado no dia anunciado, certa demora é comum até que título seja encontrado nas prateleiras. Mesmo contando com representantes nacionais para a distribuição, a distância física da loja até a sede dos desenvolvedores implica em alguns dias, ou semanas, de atraso até que a caixinha do jogo chegue àquela loja próxima da sua casa.
Os adeptos da pirataria alegam que este tempo de espera é inaceitável, por que aguardar se a internet faz com que as distâncias desapareçam? Realmente, os servidores piratas oferecem cópias antes da chegada do original às lojas nacionais, mas com que garantia? Esperar enquanto outros jogam uma cópia ilegal não é uma situação muito agradável, mas seria isto uma desculpa para partir para a ilegalidade?
A solução
Estes adeptos se esquecem que existem muitos serviços para a distribuição de jogos pela internet onde é possível comprar e baixar os títulos antes que eles cheguem fisicamente às lojas. Serviços online como o Steam tem se tornado cada vez mais populares entre os jogadores, atuam como provedor e muitas vezes oferecem a opção de pré-venda do título. Os desenvolvedores que oferecem seus games via download também tem aumentado a custos reduzidos, prova que as indústrias legais também tem algo a aprender com pirataria.
Perante a distribuição online, usar a demora como motivo para baixar um jogo pirata não passa de mais uma desculpa esfarrapada. Contudo, comprar games originais faz com que o mercado ofereça preços mais baixos e prazos mais pontuais, isso sem mencionar o suporte técnico, garantia do produto e provedores oficiais para partidas online.
Você acha que a demora para a chegada de um bom game é motivo para baixar uma cópia ilegal? Vale a pena esperar? Quais suas sugestões para esta polêmica?