Nós já falamos isso antes, mas é sempre importante repetir. Com a chegada do iOS 9, surgiram algumas possibilidades de desenvolvedores criarem extensões novas para o navegador Safari. E com base nisso, algumas empresas começaram a criar ferramentas que permitam o bloqueio de anúncios nos sites carregados. Foi assim com o Peace e é assim com o Crystal.
Enquanto o primeiro já foi desativado pelos responsáveis, o segundo vem conquistando muitos usuários ao redor do mundo. Mas ele é bastante polêmico por um motivo bem cabível: ele tenta ganhar dinheiro dos dois lados da disputa — consumidores e anunciantes. De um lado, o aplicativo chegou ao topo da lista de apps pagos da App Store, com quase 100 mil vendas a US$ 0,99.
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Do outro, há relatos de que o Crystal estaria vendendo espaços publicitários para os anunciantes entrarem em uma "whitelist". Mais de 70 empresas estariam pagando para que o Cystal não banisse os anúncios enviados por elas. É como se os usuários pagassem por um fiscalizador de segurança e ele aceitasse propina para deixar algumas pessoas entrarem na sua casa.
É claro que criar políticas de anúncios aceitáveis é algo interessante — principalmente porque pode evitar links para spam e outros conteúdos problemáticos —, mas trabalhar da forma com que o Crystal está trabalhando parece bastante errado.
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