Tela resistente e agora versátil (Fonte da imagem: Reprodução/Corning)
Você não é o único que acredita que o Gorilla Glass poderia ser aplicado em várias outras áreas do nosso dia a dia.
A Corning, empresa responsável pelo material que está presente em mais de 1,5 bilhão de aparelhos, afirma que, muito em breve, diversos novos usos para o seu produto devem aparecer no mercado.
Uma das aplicações mais próximas de se tornar realidade é o uso do Gorilla Glass nos automóveis. E, ao contrário do que você possa estar pensando, a adoção do material se daria mais pelo seu peso ultraleve do que pela esperança de manter os carros intactos após uma batida!
De olho nos postos de gasolina
A ideia, de acordo com Jeffrey Evenson, vice-presidente sênior da Corning, é aproveitar o fato de que o Gorilla Glass é leve e substituir todos os vidros utilizados atualmente nos veículos. Com isso, o centro de gravidade dos carros também seria alterado – o que poderia resultar em automóveis mais leves e com menor taxa de consumo.
Gorilla Glass "por dentro" (Fonte da imagem: Reprodução/Corning)
Além disso, o material também poderia trazer mais conforto para quem está dentro do carro. Isso porque o Gorilla Glass pode trabalhar como um verdadeiro isolante acústico, mantendo o ambiente interno do veículo bem mais silencioso.
Evenson citou, inclusive, que uma grande fabricante de carros “premium”, vamos dizer assim, vem estudando a adoção do material – e um novo lançamento já utilizando o produto no lugar do “vidro tradicional” pode aparecer até o final do ano que vem.
Novos produtos
A Corning não dorme no ponto, por isso a empresa não pensa somente na implementação do Gorilla Glass em veículos. A companhia mira em outros campos de atuação e, em breve, novos materiais desenvolvidos por eles devem aparecer no mercado.
O diretor citou novo “vidro antimicróbicos” em desenvolvimento pela Corning. Segundo Jeffrey Evenson, o material deve ser aprovado e devidamente certificado pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (United States Environmental Protection Agency ou simplesmente USEPA) nos próximos meses.
De acordo com ele, o material será aproveitado inicialmente em serviços de saúde, como produtos e até mesmo ambientes hospitalares. Isso, no entanto, não impede que a novidade seja também utilizada nos dispositivos móveis, afinal de contas, ele mesmo cita que “o número de germes em um smartphone é maior do que o número de germes presentes em um banheiro público”. Por conta disso, Evenson ainda complementa: “Nós pensamos que pode haver um mercado maior”.
Torcendo tudo!
Outro ponto citado pelo SVP em conversa com o site MIT Technology Review é a chegada do Gorilla Glass para as telas flexíveis. Segundo Jeffrey Evenson, a companhia já trabalha em um material do gênero.
Que tal torcer o seu tablet assim? (Fonte da imagem: Reprodução/Corning)
Chamado de Willow Glass, o novo produto da companhia promete ser tão flexível como o plástico, mas também apresentará a durabilidade já conhecida do Gorilla Glass. O executivo acredita que, além dos tablets e smartphones, vários outros aparelhos poderão se beneficiar da tecnologia, como novas camadas de isolantes em semicondutores que ajudariam a sustentar o progresso contínuo da chamada “Lei de Moore”.
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