A ciência e a tecnologia, quando combinadas, podem levar adiante uma infinidade de tarefas nobres, desde a criação de dispositivos que monitoram a saúde de pessoas com diabetes até o desenvolvimento de serviços de entrega de mantimentos em regiões remotas. Enquanto isso, os pesquisadores da Universidade de Heidelberg, na Alemanha, resolveram criar uma espécie de língua robótica capaz de identificar o gosto de diferentes uísques.
De acordo com a documentação do estudo, publicada na última quinta-feira (8), a brincadeira funciona unindo uma série de sensores e diferentes líquidos fluorescentes para distinguir até 30 sabores únicos da bebida. A ideia, aqui, é que cada uma das seis soluções químicas simule diferentes regiões e receptores da língua humana. A combinação de reações faz com que a equipe por trás do projeto consiga analisar todo tipo de informação sobre o produto em teste.
Sistema usa diferentes soluções e sensores para analisar a bebida
De que tipo de detalhes estamos falando? Bem, ao que parece, eles conseguem dizer desde a origem do uísque e sua idade aproximada até se ele é puro malte ou algum tipo de blend. Apesar de poder parecer uma zoeira ou tempo gasto em algo inútil, a empreitada não é infundada. Segundo Uwe Bunz, líder do projeto, a invenção pode ser usada para combater o mercado de bebidas falsas, que se espalha pelos quatro cantos do mundo.
Uísques mais nobres podem valer cerca de US$ 150 mil
Isso, claro, pode ser tanto do interesse das fabricantes do produto quanto de seus consumidores, já que alguns uísques mais nobres podem valer cerca de US$ 150 mil – algo em torno de R$ 492 mil em conversão direta. Bunz nota também que a tecnologia pode ajudar a identificar mais facilmente bebidas de baixa qualidade ou que fingem ser de um tipo diferente. Ainda não há perspectiva para que essa língua eletrônica seja utilizada comercialmente.
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