10 falas absurdas de políticos brasileiros sobre a internet

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Os deputados federais do Brasil se reuniram recentemente na chamada CPI dos crimes cibernéticos para, entre outros assuntos, investigar atividades ilegais na internet. Teoricamente, seria o lugar ideal para discutir casos de roubo de dados, invasão de privacidade, desvio de dinheiro, denúncias sobre páginas relacionadas a crimes. O problema é que, na prática, não foi bem assim.

O site do Partido Pirata fez um compilado de algumas das falas mais absurdas dos parlamentares sobre o tema. Elas revelam altos níveis de desconhecimento por parte de nossos representantes, a falta de foco de deputados durante as conversas e até a vontade de certas bancadas de fazer alterações no Marco Civil da Internet, por exemplo, retirando algumas das liberdades garantidas por essa lei.

Confira os "melhores" momentos registrados:

Vigilância

Nem o filme distópico mais preciso que você já assistiu pensou em uma sociedade em que todos os cidadãos usassem tornozeleiras, como se fossem criminosos em liberdade condicional. É pouca vigilância ou quer mais?

De olho nos emails

A geração de publicidade com base em palavras-chave das mensagens é algo questionável, é verdade, mas empregar seres humanos lendo cada email enviado é um pouco inviável.

E aí, conhecem?

O deputado poderia ter pesquisado um pouco sobre a deep web antes de trazer o conteúdo para a CPI, não é mesmo? Para começar, ela não é um "provedor". Aqui no TecMundo, temos um conteúdo completo sobre o tema.

Trocando as bolas

A deputada não entendeu o motivo da visita do governo italiano (eles viriam ao país para aprender conosco). De onde ela tirou essa ideia?

A culpa é de quem?

O deputado acredita que a rede social deveria "fazer uma campanha" contra perfis infantis, mas coloca a culpa da criação da conta no colo dos pais.

Faltou jogar no Google

O deputado, que é um dos responsáveis pela CPI, também não fez a lição de casa. Era só uma breve pesquisa para saber que ter um domínio ".com.br" não exige nada disso.

Sem ordem judicial

O delegado e deputado sugere derrubar um dos pilares do Marco Civil. Já pensou a festa que seria se os pedidos por liberação de dados não precisassem passar pela polícia ou pela Justiça?

Cadastros mais longos

Vários cadastros já pedem essas informações, mas o deputado gostaria de expandir isso para as redes sociais, especialmente no caso de "ataque a outras".

Oi?

Mais um questionamento confuso, que poderia ser sanado com uma pesquisa e que não indica exatamente qual é o interesse do deputado nisso.

Problema do Facebook?

Aqui, o deputado reclama que "perdeu a conta", reclama que não conseguiu identificar todas as pessoas nas fotos e que os eleitores pedem o perfil pessoal em vez da página — e que a rede social poderia bloqueá-lo porque ele com a conta entra em vários PCs diferentes nas cidades em que está. "A gente não tem muito contato com o Facebook, não tem como interagir", afirmou.

Sem privacidade? O que você acha do tal projeto de lei que vai exigir CPF para fazer comentários na Internet? Comente no Fórum do TecMundo

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