Você fica assustado com o teor assustadoramente agressivo de alguns comentários realizados em redes sociais ou sites em geral? Acredite, você não é o único e esse fenômeno é até tema de estudos de comportamento. Uma das especialistas na área é a norte-americana Pamela Rutledge, do Media Psychology Research Center, que fica na Califórnia.
Em entrevista ao site da BBC, ela afirmou que as pessoas que comentam agressivamente na internet são assim também no offline, mas que a vida real pode não exigir respostas tão rápidas — sem contar com o "freio social" que temos quando nos encontramos pessoalmente com alguém.
A explicação para a falta desse freio também na internet é pesada: segundo a psicóloga, esse tipo de posição extrema (como ameaças a quem discorda de você) é tomado por pessoas "que se sentem impotentes ou frustradas" e precisam representar de alguma forma que possuem mais poder. Ofender ou diminuir o outro é o método escolhido.
Trollagem x agressão
Ainda de acordo com Pamela, quem possui argumentos mais agressivos não está tentando convencer você a mudar de opinião: o objetivo é só causa danos. Ela ainda comenta que não é só agora que esse tipo de comentário existe, mas que só a partir de recentemente que passamos a descobrir (e a nos assustar) com o teor de certas mensagens.
A psicóloga afirma que, fora o vício em redes sociais, a internet não vai causar alguma doença, mas sim mascarar condições já existentes, como depressão e falta de autoestima — e que eles devem ser tratados isoladamente, não como se fossem apenas consequência da rede.
Há ainda as brigas causadas entre fãs de uma celebridade, por exemplo, e agressores (normalmente anônimas com ou fakes) que partem para ofensas contra essas pessoas. O conselho de Pamela para esse tipo de pessoa é uma velha máxima da internet: não alimente os trolls.
Você acha que os trolls da internet são frustrados na vida real? Comente no Fórum do TecMundo
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