O Exército Brasileiro, junto à Rede Nacional de Pesquisas (RNP) adotou uma nova estratégia para trazer conexão de alta velocidade à região da Amazonia. A entidade passou a instalar cabos no fundo de rios em uma iniciativa que de certa forma “revive” o projeto que planejava um telégrafo entre Bélem e Manaus, criado em 1896.
A adoção de cabos subfluviais foi a solução encontrada para evitar as complicações que a travessia da floresta e a fronteira com outros países da América do Sul traziam. “Como a população das cidades vive à margem dos rios, a rota de navegação e transporte é o rio. É a solução menos intrusiva”, afirmou ao G1 o General Decílio de Medeiro Sales, chefe do Centro Integrado de Telemática do Exército.
O plano envolve a construção de 7,8 mil quilômetros de infovias pelos rios Negro, Solimões, Purus e Juruá, com custo estimado em R$ 1 bilhão e conclusão prevista para 2017. A tecnologia adotada vai permitir conexões de até 100 Gigabit por segundo, que também deve atender ao governo do Amazonas e órgãos públicos.
A implementação dos cabos já começou, com a conexão de dois postos militares em Manaus — a próxima fase deve cobrir os 200 quilômetros que liga a cidade a Coari, a um custo de R$ 15 milhões. O avanço do projeto deve contar com investimentos feitos por empresas de telecomunicações e o próprio governo, que devem injetar o dinheiro necessário para as ações.
Fontes