Fonte da imagem: Governo Federal
Tomando alguns cuidados, é possível obter as fotos para documentos – RG, certificado de alistamento militar, carteira de motorista, etc. – em casa, e praticamente de graça. Uma vez que até celulares já apresentam boa resolução de imagem quando em condições controladas, pode-se até mesmo conseguir um resultado satisfatório usando algumas câmeras mais simples.
Acompanhe agora os cuidados necessários para economizar um pouco mais na hora de fazer alguns documentos importantes:
Iluminação
Independente do formato final da foto, já que cada documento tem uma exigência diferente, é importante cuidar para que o rosto esteja bem iluminado e sem sombras.
Para conseguir este resultado, deve-se colocar duas fontes de luz apontadas para o retratado, uma de cada lado a aproximadamente 45°, como no esquema abaixo. Cuidado para as lâmpadas não ficarem muito próximas do rosto – o que acabaria com a definição de feições necessárias para as fotos de documento – nem muito distantes, o que causaria problemas de exposição na imagem.
Qualidade da luz
As lâmpadas que existem em casas não são as mais recomendadas para fotografar, devido a uma grande quantidade de fatores. Apesar disso, com alguns cuidados, é possível utilizar equipamento caseiro.
O primeiro cuidado é com o balanço de branco, ou como a câmera enxerga as cores de uma imagem.
Quase todas as câmeras possuem ajustes de regulagem do balanço de branco – luz incandescente, fluorescente, etc – e, por isso, basta escolher lâmpadas de mesmo tipo para a iluminação do retrato e ajustar a câmera para aquele padrão.
Assim, se você usar apenas lâmpadas de “luz branca”, fluorescentes, selecione a opção correspondente no menu da câmera, ou o padrão incandescente, se utilizar lâmpadas de filamento.
Suavizando sombras
Independente do tipo de lâmpada utilizado, se as fontes de luz forem apontadas diretamente, a foto terá o que normalmente se chama de “sombra dura”. Esse tipo de sombra é escuro e pequeno , com a fronteira entre claro e escuro bem definida.
Apesar de oferecer um resultado interessante para fotos mais artísticas, em documentos, esse fenômeno não é recomendado. Para evitar esse problema, recomenda-se utilizar folhas de papel translúcido – sulfurize ou papel vegetal – como difusores da luz. Ao colocar o papel entre a lâmpada e o retratado, a luz ficará mais uniforme e as sombras se tornarão mais sutis.
Quem não tiver papel translucido e preferir não comprar algumas folhas para um uso tão ocasional – afinal, a ideia deste artigo é economizar –pedaços de tecido fino e branco que possam ser colocados em frente à fonte de luz são suficiente para assumir o papel de difusor.
Cenário
Como as fotos para documentos devem ser quase totalmente ocupadas pelo rosto do retratado, o cenário pode ser considerado secundário por muitos, mas alguns cuidados devem ser tomados com o ambiente onde será feita a captura.
Em primeiro lugar, o retratado deve estar em frente a um fundo branco. Por motivos de conforto, recomenda-se utilizar um banco ou uma cadeira cujo encosto não apareça no enquadramento da foto.
Luz de fundo
Para evitar sombras indesejáveis, uma terceira fonte de luz deve ser colocada iluminando o fundo. Normalmente colocada logo abaixo do retratado e apontada para trás e para cima, esta lâmpada dispensa o difusor, porém, deve ser do mesmo tipo utilizado na iluminação do sujeito.
A câmera
O ideal para fotografar documentos é a utilização de um tripé para garantir que a imagem não sairá tremida. A maioria das câmeras compactas e todas as dSLR disponíveis no mercado podem ser colocadas em tripés facilmente, através de uma rosca na parte inferior do corpo. Celulares, entretanto, não dispõem dessa facilidade e deverão ser utilizados na mão.
Fonte da imagem: Wikimedia Commons
Outra vantagem do tripé é a independência de alguém para disparar a câmera através do temporizador ou controle remoto.
Independente de ser uma câmera em um tripé ou o celular nas mãos de um parente, a máquina deve estar bem alinhada com os olhos do retratado, e o rosto deve ocupar no mínimo 60% do enquadramento.
No caso de celulares e câmeras compactas, convém utilizar a pré-definição “retrato” para a fotografia, já que a regulagem da câmera não permite ajustes finos. Em dSLRs, a pré-definição também pode ser usada, mas quem preferir os ajustes manuais deve optar por aberturas em torno de 11 para garantir a profundidade de campo e velocidades altas para evitar tremores na imagem.
Fonte da imagem: Wikimedia Commons
A sensibilidade do sensor – uma vez que se utiliza iluminação externa – deve ser a menor possível, obtendo assim maior qualidade de imagem. Com este mesmo propósito, o ajuste de captura deve ser regulado para a maior resolução e qualidade possíveis na câmera utilizada.
E agora?
Depois de capturar a fotografia, é necessário formatar a imagem para se adequar ao documento em que ela será utilizada. Normalmente, isso significa reduzir as dimensões da foto ao tradicional 3x4, o que pode ser feito em qualquer editor de imagens.
Aqui no Baixaki, existem alguns aplicativos dedicados à formatação de fotos para documentos, como o IDphotos e o IDphoto4you. Seguindo as dicas deste artigo, e com a ajuda de um destes programas, obter um resultado final correto é muito mais fácil.
Em outros editores
Quem prefere utilizar programas como o Photoshop, o GIMP ou o Photoscape precisa apenas tomar cuidado com a diferença de tamanho entre a resolução (medida em ppi – pixels por polegada – ou em dpi – pontos por polegada ) e a dimensão (em milímetros, centímetros, etc).
A resolução de uma foto para documentos deve ser sempre igual ou superior a 300 dpi, com dimensões iguais a do requerimento do documento em questão: 2x2 polegadas, 3x4, 5x2 centímetros ou qualquer outro tamanho exigido pela agência responsável.
Sem tratamento
Vale lembrar que retoques, remoção de manchas na pele e outros tratamentos comuns em retratos não são aceitos em fotografias para documentos. Assim, a utilização de qualquer editor de imagem deve ser restrita à alteração do tamanho da imagem final.
No papel
Duas maneiras são recomendadas para passar a imagem digital para o papel. Uma caseira, que exige um pouco mais de trabalho, e outra comercial.
Feito em casa
Para imprimir suas fotos é necessário uma impressora – laser ou jato de tinta – de boa qualidade e papel apropriado. Papelarias e casas de material de escritório costumam ter diversas seleções de papel para fotografias em suas gôndolas e é uma questão de escolher aquele que melhor se adapta à sua impressora.
Para um melhor aproveitamento do papel, vale a pena reproduzir a fotografia várias vezes em um mesmo arquivo. Aplicativos de diagramação como InDesign, o Scribus, ou mesmo CorelDRAW ou Photoshop, podem ser utilizados para isso. Depois de cobrir a área imprimível com cópias da foto, basta mandar imprimir e, depois de pronta a folha, recortar cada retrato.
No caso de impressoras jato de tinta, convém esperar alguns instantes antes de fazer o recorte, já que a tinta úmida pode manchar a foto, comprometendo a qualidade da imagem e tornando-a inaceitável para documentos.
No minilab
Dependendo da quantidade de fotos necessária , você pode escolher um formato menor do que a folha A4 usada no método caseiro ao levar a imagem para um minilab. Em uma impressão 10x15, por exemplo, você consegue até dez fotografias, mais do que o suficiente para a maioria dos documentos.
Fonte da imagem: Wikimedia Commons
A montagem das diversas fotos em uma única folha também deve ser feita, mas pode variar entre um laboratório e outro, então confira com sua loja de fotografia favorita antes de preparar o arquivo.
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Depois de imprimir e recortar as fotos, basta separá-las para o envio com os formulários necessários para a emissão do documento em questão, e pronto! Basta esperar o parecer do órgão responsável e buscá-lo depois de pronto. Ainda melhor, em alguns casos os documentos são entregues pelos Correios na sua casa.
Fonte da imagem: Governo Federal
Assim, de maneira fácil e barata, é possível conseguir fotos para os mais variados documentos praticamente sem sair de casa.
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