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O governo da Hungria propõe para 2015 a cobrança de cerca de US$ 0,60 por Gigabyte transferido online, já sabemos. A proposta, feita por Viktor Orban, primeiro-ministro do país, se baseia nas “novas formas de uso da internet” desbravadas por usuários da grande rede mundo afora. Insatisfeita com o plano, a população húngara saiu às ruas de Budapeste nesse domingo (26) para protestar contra a medida para o orçamento do próximo ano.
De acordo com a Reuters, mais de dez mil cidadãos saíram de suas casas entoando gritos de insatisfação; a marcha seguiu rumo à sede do partido Fidesz, repartição política que representa o primeiro-ministro que encabeça a proposta. “Libertem a Hungria, libertem a internet!”, reivindicavam os manifestantes. O edifício do partido foi depredado pelos protestantes, que deixaram teclados de computadores em frente ao portão do prédio como ato simbólico.
Atentados contra a democracia, veto à liberdade de expressão e também ao acesso à internet são as acusações dirigidas a Orban. A nova taxa que poderá ser cobrada pela transferência de dados online é vista como uma forma de “limitar os direitos de informação”, afirma um dos protestantes entrevistados pelo The Wall Street Journal.
Nova proposta
Em função de toda a reverberação gerada pelo anúncio das taxas previstas para 2015, o partido de Orban realizou uma reformulação em sua proposta: em vez de cerca de US$ 0,60 por Gigabyte transferido, usuários da internet poderiam pagar uma mensalidade estimada em US$ 2,87; empresas teriam de desembolsar em torno de US$ 20,5 por mês para uso de serviços online.
O anúncio dos novos valores, porém, não foi capaz de acalmar os ânimos da população húngara, que ainda assim deu suas caras durante o protesto de ontem (26). Os manifestantes organizaram o ato através do Facebook – um grupo online com mais de 210 mil membros exige a extinção da proposta. Se o governo não recuar, mais protestos deverão acontecer nesta terça-feira (28).
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