Há quem diga que as tecnologias de comunicação se comportam de forma semelhante a organismos vivos. Isso porque o sistema todo se interliga, cresce e, naturalmente, se modifica. E essas mudanças nas formas de se comunicar aparentemente inspiraram o governo da Hungria a elaborar um projeto que visa cobrar novas taxas sobre a quantidade de dados trocados via internet.
De acordo com Viktor Orban, primeiro-ministro do país, cobranças especiais foram impostas sobre os serviços prestados por bancos, comércio, setores de energia e também sobre provedores de telecomunicações. Conforme informa a Reuters, Mihaly Varga, ministro de economia da Hungria, afirma agora que as tecnologias de comunicação também devem ter suas taxas reformuladas devido à forma com que as pessoas usam os serviços comunicacionais.
Mihaly Varga, ministro de economia da Hungria.
A proposta tem o objetivo de cobrar cerca de US$ 0,60 por Gigabyte transferido; a receita anual esperada por Varga fica na casa dos 20 bilhões de florins (moeda húngara). Em 2013, vale notar, o tráfego húngaro foi de 1,15 bilhões de GB – somente via mobiles, 18 milhões de GB em dados foram transferidos. Na época, a receita de mais de US$ 675 milhões foi gerada.
Se a proposta for aprovada, as companhias de telecomunicações serão forçadas a repassar os preços para os consumidores, segundo informa a Associação de TI, Telecomunicações e Companhias Eletrônicas da Hungria. “Em nações mais desenvolvidas, o tráfego de internet é considerado parte dos Direitos Humanos”, pode-se ler na página de protesto Balazs Nemes.
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