(Fonte da imagem: Memoria.ebc)
Por Murilo Roncolato
São Paulo (AE) - ENTREVISTA Alessandro Molon, deputado federal (PT-RJ) e relator do projeto Há muitas dúvida e desinformação entre os usuários de internet sobre o projeto. O Marco Civil vai afetar a vida dessas pessoas?
ALESSANDRO MOLON - O Marco Civil se tornando lei fará uma enorme diferença para todo internauta brasileiro, com destaque para a conquista de novos direitos. Lamento as desinformações divulgadas e garanto que todo temor que existe sobre censura ou controle cairá por terra quando todos entenderem o conteúdo do projeto. Trata-se de um projeto que assegura a liberdade que o usuário já tem na web.
E agora tem o Senado...
ALESSANDRO MOLON - Todo tempo que foi gasto na Câmara reduz o tempo dele no Senado. É muito grande a possibilidade de ele ser votado rapidamente lá. O ideal é que fosse votado antes da conferência internacional (23 e 24 de abril, em São Paulo). Isso consolidaria a posição do Brasil no campo da internet no cenário internacional. Mas o Senado é que sabe da sua própria agenda.
Passado tanto tempo, o projeto ainda é de vanguarda, como disse Tim Berners-Lee (criador da web) em 2013?
ALESSANDRO MOLON - O projeto continua à frente. Mais recentemente ele escreveu da Inglaterra sobre o Marco Civil novamente. A manifestação dele é importante e reflete a verdade. O Brasil está na vanguarda e vai influenciar o mundo inteiro. Fico esperançoso sobre esse papel que o Brasil está exercendo.
Acredita que o tema sobre data centers será de fato retomado?
ALESSANDRO MOLON - Foi um gesto positivo do governo em concordar com a sua retirada do texto, visando permitir uma discussão mais tranquila. Isso não traz prejuízo para essa questão no Brasil e no mundo. Mais, vai permitir que o assunto tenha mais tempo de ser debatido no mundo todo e, assim, ver se esse é o melhor caminho ou se há outras formas de se chegar ao mesmo fim.
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