Pode até parecer a sinopse de um novo livro do escritor Dan Brown - autor de best sellers como O Código da Vinci e Anjos & Demônios -, mas na verdade trata-se de pura realidade. As chaves da internet estão nas mãos de sete pessoas anônimas espalhadas pelo mundo.
A medida visa impedir que um evento de proporções catastróficas deixe a humanidade sem internet ou comunicação por tempo indeterminado. Obviamente não se sabe quem são estas sete pessoas, mas a responsabilidade que elas carregam é enorme.
Problemas? Chame os guardiões!
Cada um dos sete guardiões da internet está munido com uma espécie de smart card. Nele consta parte de um código que permite reiniciar a World Wide Web caso algum atentado de grandes proporções ocorra.
Para que o código seja válido é preciso que pelo menos cinco das sete pessoas se reúnam em uma base norte-americana para reiniciar o sistema e conectar tudo de novo. Os portadores dos cartões estão espalhados por países como Grã-Bretanha, Estados Unidos, Burkina Faso, Trinidad e Tobago, Canadá, China e República Tcheca.
Em caso de uma catástrofe, o DNSSEC (segurança do sistema de nomes de domínio) pode ser danificado ou exposto, impossibilitando o apontamento correto para a URL dos sites. O reinício do sistema colocaria tudo nos eixos novamente.
O programa de segurança da internet é supervisionado pelo Internet Corporation for Assigned Names and Numbers (ICANN), uma ONG sem fins lucrativos que tem acesso a um sistema de segurança destinado a proteger os usuários de cyber-fraudes e ataques cibernéticos.
Ficção científica ou realidade?
O conceito pode até sugerir que essas sete pessoas são escolhidas ou especiais. No entanto, na prática, a medida preventiva é inteligente e até mesmo básica para que a comunicação possa ser restabelecida o mais rápido possível em caso de problemas.
Vale ressaltar que esta não é a única segurança que o DNSSEC possui. Até que seja preciso ativar esta etapa do sistema, muitas outras permissões intermediárias precisam ser danificadas. As chances que isso aconteça são remotas, mas nunca se sabe.
Longe do romantismo das tramas que nos acostumamos a conhecer na literatura ou nos livros de história, os guardiões da internet não carregam armas, espadas ou artefatos mágicos nem tampouco são dotados de superpoderes.
Na verdade, todos eles são pessoas comuns, portadoras de um smart card, um cartão parecido com aquele que você carrega em sua carteira para ir ao banco, mas com partes de um código que necessita de no mínimo cinco pessoas para ser ativado.
Você sabia da existência dos guardiões da internet? Acredita que esta medida é eficiente para proteger o sistema em caso de um ataque de grandes proporções? Queremos saber a sua opinião.