A ICANN (Internet Corporation for Assigned Names and Numbers), responsável pela padronização e nomenclatura dos sites e redes da internet, anunciou no último dia 26 uma proposta que modifica a forma de utilização de caracteres em endereços na web.
A mudança permitirá o registro de domínios com caracteres não-romanos, ou seja, caracteres em mandarim, árabe, grego e outros que não utilizam a nossa forma de escrita serão incorporados nos endereços eletrônicos.
A decisão oficial sobre a mudança será oficializada na sexta-feira (dia 30 de outubro) ao final da conferência anual do ICANN. Caso seja aprovada, os primeiros domínios serão cadastrados a partir do dia 16 de novembro.
Para isso, o órgão usará o IDN (Internationalize Domain Names), um sistema de nomes de domínios internacionalizados. Segundo Peter Thrush, presidente da ICANN, esta mudança representa uma das maiores inovações técnicas em quarenta anos e significa um diferente sistema de tradução.
O que muda?
Para os brasileiros, esta mudança não significa muita coisa, uma vez que utilizamos os caracteres já conhecidos da internet. Quem utiliza sites de outras localidades deverá adaptar-se ao endereço novo ou usar o bom e velho “recortar e colar” para acessar o site em questão.
Já para quem utiliza estes caracteres diferenciados dos nossos, a mudança poderá significar inclusão digital. Muitos falantes de árabe, por exemplo, nem ao menos conhecem a nossa forma latina de escrita.
De acordo com Rod Beckstrom, principal executivo da ICANN, países que não utilizam o alfabeto latino em sua cultura são responsáveis por metade dos usuários mundiais da internet que, estima-se, chegam a 1,6 bilhão.
Se pensarmos que somente na China encontra-se 1 bilhão da população mundial, é fácil perceber o quanto esta iniciativa mudará o cenário e a forma de se relacionar com a internet para muita gente.
Categorias