Bloqueio do X (antigo Twitter): relembre 7 plataformas que foram suspensas no Brasil

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Em meio às desavenças entre Alexandre de Moraes e Elon Musk, o X foi bloqueado nesta sexta-feira (30) em todo o Brasil. Com o acontecimento, o antigo Twitter entrou para a lista de plataformas que saíram do ar temporariamente por descumprimento de ordem judicial.

A suspensão aconteceu após a plataforma não nomear um representante legal no país, ordem que foi dada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) na quarta-feira (28).

O X pode sofrer bloqueio temporário no Brasil.O X pode sofrer bloqueio temporário no Brasil.Fonte:  Getty Images/Reprodução 

Curiosamente, a intimação foi enviada pelo STF por meio do próprio X, em resposta a uma postagem da companhia sediada nos Estados Unidos. O órgão também marcou o perfil de Musk, que até o momento não emitiu resposta à solicitação da justiça brasileira.

A seguir, relembramos sete vezes em que redes sociais, apps e outras plataformas online foram bloqueadas no Brasil.

YouTube

Uma ação movida por Daniela Cicarelli levou à suspensão do YouTube em 2007. (Imagem: Getty Images)Uma ação movida por Daniela Cicarelli levou à suspensão do YouTube em 2007. (Imagem: Getty Images)Fonte:  Getty Images/Reprodução 

Um dos casos mais marcantes aconteceu em janeiro de 2007, envolvendo a apresentadora e ex-modelo, Daniela Cicarelli, e o YouTube. Na ocasião, o serviço de vídeos do Google ficou fora do ar durante um dia.

A suspensão do YouTube foi motivada pela não obediência à retirada de um vídeo íntimo de Cicarelli, feito por um paparazzi na Espanha. A gravação que mostrava ela e o então namorado em momentos íntimos na praia chegou a ser removida, mas acabou postada novamente por outros usuários e com títulos diferentes.

Como esses novos vídeos continuaram no ar, a justiça determinou a suspensão do YouTube no Brasil por 24 horas. Passado o prazo, o acesso ao site foi restabelecido.

Telegram

O Telegram foi bloqueado no Brasil duas vezes. (Imagem: Getty Images)O Telegram foi bloqueado no Brasil duas vezes. (Imagem: Getty Images)Fonte:  Getty Images/Reprodução 

Da mesma forma que o YouTube, o Telegram já foi alvo de determinações da justiça que poderiam resultar na sua suspensão, caso não fossem cumpridas pelo mensageiro. Isso aconteceu duas vezes, a primeira delas em março de 2022, quando a plataforma não derrubou perfis usados para espalhar informações falsas.

O Telegram ficou bloqueado durante dois dias e voltou a ser suspenso no Brasil em abril de 2023, dessa vez por não entregar dados de grupos neonazistas investigados pela Polícia Federal que usavam o app para se comunicar. Neste último caso, o serviço ficou indisponível durante três dias.

WhatsApp

O WhatsApp também foi alvo de vários bloqueios. (Imagem: Getty Images)O WhatsApp também foi alvo de vários bloqueios. (Imagem: Getty Images)Fonte:  Getty Images/Reprodução 

Antes do Telegram, o app de mensagens mais popular entre os brasileiros foi bloqueado em algumas ocasiões, fazendo os usuários recorrerem a diferentes soluções. A primeira aconteceu em fevereiro de 2015, por decisão da Justiça do Piauí, e a segunda em dezembro do mesmo ano, pela Justiça de São Paulo.

Já em 2016 foram mais duas suspensões, em maio durante 72 horas e em julho por duas horas. Nas quatro ocasiões, as suspensões ocorreram por falta de atendimento às ordens judiciais e, em uma delas, o representante da plataforma na América Latina chegou até a ser preso.

Rastreador de namorado e outros apps

O app que permitia monitorar o par romântico rendeu muitas polêmicas. (Imagem: Getty Images)O app que permitia monitorar o par romântico rendeu muitas polêmicas. (Imagem: Getty Images)Fonte:  Getty Images/Reprodução 

Tivemos, ainda, vários outros casos de aplicativos suspensos ou banidos devido a motivos semelhantes. Confira os principais:

Rastreador de namorado

O app que surgiu com a proposta de espionar o celular do par romântico permitia a escuta de ligações, compartilhava cópias de mensagens e a localização. Ele não demorou a dar problema e acabou suspenso em agosto de 2013.

Lulu

No ano seguinte, foi a vez do app Lulu virar alvo da justiça. A plataforma só aceitava mulheres e era utilizada para avaliar homens, levando à criação de contas falsas e divulgação de fotos sem autorização, resultando em uma série de processos e na sua suspensão.

Secret

Também em 2014, o app Secret foi bloqueado pela justiça. Ele funcionava como um mural de postagens públicas e anônimas para desabafos, fofocas e compartilhamento de segredos que não eram publicados em outras plataformas. As pessoas que se sentiram ofendidas pediram o banimento do serviço.

Simsimi

O chatbot de IA era uma espécie de amigo digital que conversava com os usuários, mas passou a enviar mensagens impróprias, incluindo conteúdo sexual, bullying, ofensas, incentivo à prática de crimes e ameaças de morte. Ele foi suspenso pela própria desenvolvedora em 2018, retornando depois com mudanças no algoritmo.

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