Bloqueio do X: relembre 7 plataformas online que foram suspensas no Brasil

Por André Luiz Dias Gonçalves

30/08/2024 - 17:293 min de leitura

Bloqueio do X: relembre 7 plataformas online que foram suspensas no Brasil

Fonte : Getty Images/Reprodução

Em meio às desavenças entre Alexandre de Moraes e Elon Musk, o X foi bloqueado nesta sexta-feira (30) em todo o Brasil. Com o acontecimento, o antigo Twitter entrou para a lista de plataformas que saíram do ar temporariamente por descumprimento de ordem judicial.

A suspensão aconteceu após a plataforma não nomear um representante legal no país, ordem que foi dada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) na quarta-feira (28). 

O X pode sofrer bloqueio temporário no Brasil.
O X pode sofrer bloqueio temporário no Brasil.

Curiosamente, a intimação foi enviada pelo STF por meio do próprio X, em resposta a uma postagem da companhia sediada nos Estados Unidos. O órgão também marcou o perfil de Musk, que até o momento não emitiu resposta à solicitação da justiça brasileira.

A seguir, relembramos sete vezes em que redes sociais, apps e outras plataformas online foram bloqueadas no Brasil.

YouTube

Uma ação movida por Daniela Cicarelli levou à suspensão do YouTube em 2007.
Uma ação movida por Daniela Cicarelli levou à suspensão do YouTube em 2007. (Imagem: Getty Images)

Um dos casos mais marcantes aconteceu em janeiro de 2007, envolvendo a apresentadora e ex-modelo, Daniela Cicarelli, e o YouTube. Na ocasião, o serviço de vídeos do Google ficou fora do ar durante um dia.

A suspensão do YouTube foi motivada pela não obediência à retirada de um vídeo íntimo de Cicarelli, feito por um paparazzi na Espanha. A gravação que mostrava ela e o então namorado em momentos íntimos na praia chegou a ser removida, mas acabou postada novamente por outros usuários e com títulos diferentes.

Como esses novos vídeos continuaram no ar, a justiça determinou a suspensão do YouTube no Brasil por 24 horas. Passado o prazo, o acesso ao site foi restabelecido.

Telegram

O Telegram foi bloqueado no Brasil duas vezes.
O Telegram foi bloqueado no Brasil duas vezes. (Imagem: Getty Images)

Da mesma forma que o YouTube, o Telegram já foi alvo de determinações da justiça que poderiam resultar na sua suspensão, caso não fossem cumpridas pelo mensageiro. Isso aconteceu duas vezes, a primeira delas em março de 2022, quando a plataforma não derrubou perfis usados para espalhar informações falsas.

O Telegram ficou bloqueado durante dois dias e voltou a ser suspenso no Brasil em abril de 2023, dessa vez por não entregar dados de grupos neonazistas investigados pela Polícia Federal que usavam o app para se comunicar. Neste último caso, o serviço ficou indisponível durante três dias.

WhatsApp

O WhatsApp também foi alvo de vários bloqueios.
O WhatsApp também foi alvo de vários bloqueios. (Imagem: Getty Images)

Antes do Telegram, o app de mensagens mais popular entre os brasileiros foi bloqueado em algumas ocasiões, fazendo os usuários recorrerem a diferentes soluções. A primeira aconteceu em fevereiro de 2015, por decisão da Justiça do Piauí, e a segunda em dezembro do mesmo ano, pela Justiça de São Paulo.

Já em 2016 foram mais duas suspensões, em maio durante 72 horas e em julho por duas horas. Nas quatro ocasiões, as suspensões ocorreram por falta de atendimento às ordens judiciais e, em uma delas, o representante da plataforma na América Latina chegou até a ser preso.

Rastreador de namorado e outros apps

O app que permitia monitorar o par romântico rendeu muitas polêmicas.
O app que permitia monitorar o par romântico rendeu muitas polêmicas. (Imagem: Getty Images)

Tivemos, ainda, vários outros casos de aplicativos suspensos ou banidos devido a motivos semelhantes. Confira os principais:

Rastreador de namorado

O app que surgiu com a proposta de espionar o celular do par romântico permitia a escuta de ligações, compartilhava cópias de mensagens e a localização. Ele não demorou a dar problema e acabou suspenso em agosto de 2013.

Lulu

No ano seguinte, foi a vez do app Lulu virar alvo da justiça. A plataforma só aceitava mulheres e era utilizada para avaliar homens, levando à criação de contas falsas e divulgação de fotos sem autorização, resultando em uma série de processos e na sua suspensão.

Secret

Também em 2014, o app Secret foi bloqueado pela justiça. Ele funcionava como um mural de postagens públicas e anônimas para desabafos, fofocas e compartilhamento de segredos que não eram publicados em outras plataformas. As pessoas que se sentiram ofendidas pediram o banimento do serviço.

Simsimi

O chatbot de IA era uma espécie de amigo digital que conversava com os usuários, mas passou a enviar mensagens impróprias, incluindo conteúdo sexual, bullying, ofensas, incentivo à prática de crimes e ameaças de morte. Ele foi suspenso pela própria desenvolvedora em 2018, retornando depois com mudanças no algoritmo.


Por André Luiz Dias Gonçalves

Especialista em Redator

Jornalista formado pela PUC Minas, escreve para o TecMundo e o Mega Curioso desde 2019.


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